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Presidente precisa esclarecer empréstimos com Valério
DA ASSESSORIA
Curitiba - O PT e Marcos Valério estão juntos desde a posse do presidente Lula. O ex-tesoureiro da sigla Delúbio Soares revelou, em depoimento prestado no dia 15 de julho, ao procurador-geral da República, Antonio Fernando Barros e Silva, que a legenda pediu ajuda a Valério para financiar a festa da posse do petista no dia 1º de janeiro de 2003.
Para o deputado Gustavo Fruet (PR), a revelação cria mais um problema para o presidente. "Lula está enganado ao achar que a responsabilidade só vai existir no dia em que aparecer dinheiro na conta bancária dele ou da família dele", alertou.
"Responsabilidade é também ter comando e autoridade sobre os seus assessores, que de forma irresponsável, e até com indícios de corrupção, usam recursos públicos a favor de financiamento", avaliou Fruet. Segundo Delúbio, foram dois empréstimos para quitar os custos da festa de posse. O primeiro, de R$ 2,4 milhões, foi contraído em fevereiro de 2003 no banco BMG. O segundo, de R$ 3 milhões, foi obtido no Banco Rural em maio de 2003. Na época da posse, o PT informou ter gasto pelo menos R$ 1,5 milhão no evento.
O tucano classifica a declaração do ex-tesoureiro como grave, pois, mais uma vez, o petista se contradiz e "põe lenha na fogueira" da crise. "O Delúbio está sendo engolido pelas suas mentiras", destacou.
Gustavo Fruet acredita que Lula precisa vir a público e esclarecer as circunstâncias desses empréstimos. "Admitir o uso desse tipo de dinheiro na festa de posse seria uma agressão aos cofres públicos e uma ofensa a história da República no Brasil", criticou. "É inaceitável que o PT ou o governo tenha recebido financiamento transversal", completou.
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# escrito por Kodai : 7/30/2005 04:53:00 PM


