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# escrito por Kodai : 8/06/2005 05:25:00 PM 0 comentários
A corrupção não acabou em 1994, como queria a VEJA..
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/050194/corrupcao.html
A era da corrupção
De onde ela veio? Para onde
nos levará? 1994 vai mostrar se
o Brasil consegue libertar-se ou
se continuará a afundar-se nela
Roberto Pompeu de Toledo
Ó dúvida cruel! O ano de 1993 deixa em seu rastro uma dura questão. Terá sido um dos melhores anos da História do Brasil? Ou, ao contrário, terá sido um dos piores? A favor da tese de que terá sido um dos melhores temos:
•Estourou-se uma rede de corrupção situada no coração do sistema, envolvendo parlamentares, burocratas e empresários;
•O grau de intolerância do público obrigou que se desse conseqüência à descoberta, e o Congresso reagiu encetando um inédito trabalho de auto-investigação;
•As próprias vísceras do sistema vieram à luz, em conseqüência, deixando claro como nele operam a safadeza e a roubalheira e tornando muito mais difícil a repetição de tais práticas.
A favor da tese de que foi um dos piores anos temos:
•Estourou-se uma rede de corrupção situada no coração do sistema, envolvendo parlamentares, burocratas e empresários;
•Mais uma vez o Brasil foi exposto à execração internacional, em conseqüência, e, internamente, seu sistema de governo caiu mais ainda no descrédito do público;
•Fizeram-se investigações e desvendaram-se os podres do poder, mas não se deu um passo no sentido das transformações que a situação exige.
1993 será lembrado como o ano da redenção ou aquele em que nos demos conta de que estávamos irremediavelmente perdidos? Eis a questão. O ex-ministro Mario Henrique Simonsen expressou dúvida semelhante, em artigo na revista Exame. Escreveu ele:
"Há duas maneiras de interpretar a atual maré de escândalos que inunda a política brasileira. Uma delas, altamente otimista e amplamente sublinhada pela imprensa, exalta a nossa democracia pela capacidade que vem revelando em identificar corruptos e defenestrá-los. (...) Uma outra leitura, insidiosa mas não menos lógica, é que uma democracia que produz tantos casos de corrupção e que só aumentou a inflação e a recessão é um projeto fracassado".
A corrupção será o tema destas linhas. De onde ela veio? Para onde nos levará? Numerosas perguntas afloram junto a esse tema tão insistente e capital na História do Brasil contemporâneo. Onde foi que erramos, para que nos transformássemos num país tão corrupto? Antes de prosseguir, porém, façamos uma pausa. Recuemos ao ano de 1970, para observar o que se passava no bairro do Tucuruvi, na Zona Norte de São Paulo.
Vivia-se a época mais obscura do regime militar, com as prisões cheias e a tortura aplicada sem inibições, mas não é isso que nos interessa. Interessa uma mocinha de 15 anos, 1,59 metro de altura, terceira dos cinco filhos de um casal de evangélicos. Os cabelos negros, repartidos ao meio, quase lhe chegavam à cintura, e seus vestidos, beges ou amarelos, além de compridos nas mangas, nunca terminavam acima do joelho. Ela era filha do pastor da Igreja Assembléia de Deus no bairro do Tucuruvi. Duas vezes por semana ia à igreja, às quartas e aos domingos, e cantava no coro.
Naquele ano de 1970 apareceu na vida da mocinha um rapaz de cabelos curtos, magro, tímido, quase sempre de terno escuro e que, segundo parecia à mocinha, se perfumava excessivamente. Recém-chegado de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, onde deixara a Aeronáutica como sargento, tinha 21 anos e conseguira um bom emprego em São Paulo: meteorologista na torre de comando do Aeroporto de Congonhas. O rapaz foi morar no bairro de Santana e, sendo também evangélico, logo tratou de saber qual a igreja mais próxima. Era a do Tucuruvi. Passou a freqüentá-la e não tardou a demonstrar interesse, ainda que distante, pela mocinha de cabelos longos.
"Para namorar alguém da igreja, só se for a filha do pastor", disse uma vez o rapaz a um amigo. "Qual filha?" "Aquela amarelinha", especificou o rapaz, referindo-se às roupas e à palidez da menina. "Mas ela é muito criança", objetou o amigo. "Não tem problema. Eu crio ela."
Interrompamos a história. O leitor adiante saberá o que ela faz aqui. Lembremos alguns fatos do ano relacionados ao tema que nos interessa, o da corrupção:
• Este foi o ano em que ficamos sabendo que o Departamento Nacional de Obras contra a Seca, DNOCS, tinha - ou tem - por especialidade cavar poços em propriedades particulares. Não deu em nada;
• Foi o ano em que uma pessoa acusada de homicídio foi nomeada ministro da Agricultura. Descobriu-se e a pessoa foi desnomeada;
• Foi o ano em que Fernando Collor teve confirmada a cassação de seus direitos políticos, mas também em que sua esperteza quase pegou. Quatro ministros do Supremo Tribunal Federal levaram a sério a história da renúncia antes do impeachment, como se ela tivesse se efetivado com a melhor das intenções;
• Foi o ano em que a juíza Denise Frossard, num gesto de audácia e de sobranceira pontualidade no cumprimento do dever, determinou a prisão dos cabeças do jogo do bicho no Rio de Janeiro;
• Foi o ano que se escoou inteiro sem que o processo por corrupção contra Collor, PC Farias e companhia sequer demarrasse no Supremo Tribunal Federal.
Ano da redenção ou da perdição? Com os indicadores de alento contrabalançados pelos de desalento, continuamos com o placar empatado. O grande progresso foi no diagnóstico. Hoje sabemos, sem sombra de dúvida, que a corrupção faz parte de nosso sistema de poder tanto quanto o arroz e o feijão de nossas refeições. Essa evidência já aflorara no ano anterior, o do impeachment de Collor, e tornou-se gritante em 1993. "Quem faz o Orçamento da República são as empreiteiras", dissera, ainda em 1992, o então ministro da Saúde, Adib Jatene. "Se a frase de Jatene tivesse sido pronunciada por um esquerdista, alguns meses antes, diriam que era delírio conspiratório", diz o historiador Luiz Felipe de Alencastro. Hoje é aceita como um truísmo.
Com base nas pesquisas que realizou junto ao povo hausa, um dos mais importantes da Nigéria, o antropólogo holandês Nuradeen Auwal arrolou, no ensaio The Language of Corruption (A Linguagem da Corrupção), 23 vocábulos ou expressões, no idioma hausa, para designar a corrupção. Assim como, num país que tem muito bicho, haverá muito nome de bicho, assim também num país onde há muita roubalheira, como é notoriamente o caso da Nigéria, haverá muitos nomes para ela.
No Brasil, igualmente, não seriam poucas as palavras que se encontrariam para designar corrupção, ou suborno, ou negociata. Exemplos: cervejinha, molhar a mão, lubrificar, lambileda, mata-bicho, jabaculê, jabá, capilé, conto-do-paco, conto-do-vigário, mamata, negociata, por fora, PF, "taxa de urgência", propina, peita. Luís Inácio Lula da Silva contribuiu, na última campanha eleitoral, com "maracutaia". Fernando Collor alegou uma "operação Uruguai", que, da mesma forma como "Panamá", em várias línguas, virou sinônimo de negociata, depois da roubalheira ligada à construção do canal do mesmo nome, hoje também pode designar uma operação escusa. Houve tempo em que os brasileiros falavam com orgulho de "jeitinho". Hoje, e isso é um sinal positivo, "jeitinho" começa a ser olhado com suspeição.
Para procurar as origens remotas da corrupção no Brasil, é mister recuar aos tempos do descobrimento. (Nos rodapés destas páginas, textos de autores de diversas épocas fornecem uma amostra da corrupção ao longo da História brasileira.) Dois historiadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, João Fragoso e Manolo Florentino, escreveram no Jornal do Brasil um artigo em que comparam o período colonial e o atual. Em fins do período colonial, dizem, os 10% mais abastados detinham cerca de dois terços da riqueza nacional. Hoje os 10% mais ricos controlam cerca da metade. "Essas cifras demonstram que as mudanças estruturais se processam de maneira a reiterar a diferenciação excludente", comentam os autores. No jargão acadêmico, o que eles repetem é a célebre frase que Tomasi di Lampedusa colocou na boca do príncipe siciliano Fabrizio de Salina, no romance O Leopardo: "É preciso mudar para que tudo fique igual". A conclusão dos dois autores é de gelar os ossos:
"Se a História ensina algo, pode-se, generalizando, inferir que corrupção, fome, perversa concentração de renda e privatização do Estado nunca indicaram que o Brasil estivesse fora de rumo. Ao contrário, ele está, desde séculos atrás, exatamente onde imaginaram suas elites. Porque no substancial é este, exatamente, o projeto".
Deixemos o passado remoto. Fiquemos na única discussão histórica que no fundo ainda interessa e polariza: se a corrupção atual, em seus presentes níveis e modalidades, tem suas origens no regime militar ou no período de redemocratização. O deputado Delfim Netto, que serviu ao regime militar, situa essas origens no período da redemocratização: "A meu ver, a corrupção ficou muito mais generalizada depois do Plano Cruzado, com as reformas que começaram a desmantelar todas as estruturas de controle interno do governo. A reforma administrativa do governo Collor completou o estrago. Antes do ministro Dilson Funaro, todos os ministros tinham um sistema de controle pelo Ministério da Fazenda, que inclusive reportava ao Tribunal de Contas".
Outros lembrariam o numeroso elenco dos escândalos ou quase escândalos do regime militar. As obras faraônicas, que sempre se desconfiou escondessem vultosas negociatas: Transamazônica, Itaipu, Rodovia do Aço, Ponte Rio-Niterói. Os estouros financeiros: caso Delfin, caso Lutfalla, caso áurea, caso Halles. Escreveu o antigo chefe da Casa Civil de João Goulart, hoje senador pelo Rio de Janeiro, Darcy Ribeiro: "Essa modalidade de ladroagem patricial (a que é exercida pelos detentores dos cargos-chave) floresceu muito com a ditadura militar discricionária e corrupta, que entregou a condução da economia brasileira a este tipo de tecnocrata que acha legítimo lucrar no exercício das funções públicas".
Bem pesadas as coisas, está-se diante de uma falsa dicotomia. Enxergue-se o período militar e o da redemocratização como um conjunto só, marcado mais por continuidades do que rupturas, e talvez se tenha explicação mais coerente para a corrupção endêmica que caracteriza a vida pública brasileira atual. No regime militar o crescimento da economia fez-se aos saltos. O PIB progredia a níveis recordes, e com grande rapidez. "A roubalheira acontece quando existe muita mobilidade de riqueza", diz o cientista político Bolívar Lamounier. "Quando as pessoas podem se tornar ricas com muita rapidez e quando os patrimônios não estão tão seguros como no passado."
Acrescente-se que o Estado cresceu em proporções similares. O regime militar foi a época áurea das estatais, assim como dos projetos gigantes, e também dos controles e regulamentações que exigiam uma atuação estatal ativa e permanente sobre a economia. Daí resultou uma poderosa burocracia, com decisivo poder de intermediação no destino das verbas públicas. Mas isso não é tudo. Menos mensurável, mas com certeza não menos importante, era uma certa atmosfera cínica que reinava na fase dourada do milagre econômico. Como na China de Deng Xiaoping, a ordem era: "Enriqueçam". Enriqueçam não importa como, acrescentava-se, dizendo sem dizer. A moral estava em férias nos negócios públicos. Para completar o quadro, lembre-se que a censura tampava tudo o que o Estado julgasse inconveniente saber-se.
Na redemocratização, muitas das antigas tendências não sofreram descontinuidade. O Estado continuou grande, a burocracia poderosa, os escrúpulos miúdos, e a esse quadro acrescentou-se um ator que no período anterior gozara de licença compulsória: os políticos. Eles voltaram com tudo.
O historiador Luiz Felipe de Alencastro gosta de lembrar que, quando se fala em "políticos", neste país, fala-se de uma numerosa categoria de profissionais. As câmaras de vereadores, dependendo da população do município, são formadas por um mínimo de nove e um máximo de cinqüenta integrantes. Digamos que a média seja de dez por município. Somado esse número pelos 5.000 municípios brasileiros, temos 50.000 vereadores. Acrescentem-se os prefeitos, os deputados estaduais. Tudo considerado, temos uma "classe" política mais numerosa, ou tão numerosa quanto, digamos, os petroleiros, que são 59.000.
Estes são os atores que ingressaram no cenário para assumir o papel de intermediários das verbas públicas, ou, pelo menos, para dividi-lo com as autoridades do Executivo e os burocratas. Eles entraram em campo beneficiados, por um lado, por um sistema completamente frouxo de filtros e controles. Por outro - e aqui não se está falando de todos, naturalmente, mas de um número significativo o bastante para contaminar a reputação do conjunto -, chegaram embalados por uma volúpia renovada e uma característica falta de senso moral.
Lembre-se, para completar, que a lógica maluca do sistema prevê eleições caras. Estava aberta a porta para a grande usina de ladroagem dos últimos anos que são as campanhas eleitorais. "Os custos das campanhas excedem o que os empresários podem dar por altruísmo aos candidatos, por maior que seja a simpatia política ou ideológica que tenham por eles", diz o ex-ministro Simonsen.
O sistema brasileiro apresenta perversões tão fantásticas quanto esta, descoberta pelo cientista político Wanderley Guilherme dos Santos: a escassez dos serviços públicos serve de escada eleitoral aos políticos. Se os serviços chamados "públicos" fossem realmente públicos, eficientes e universais, eles não teriam valor eleitoral, porque todo mundo teria água, luz, rua asfaltada, escola e segurança. Como não são, o político se apropria da parte que está a seu alcance e passa a utilizá-la como moeda, em troca de votos. Diz Wanderley Guilherme dos Santos: "Como há escassez dos serviços públicos, eles viram mercadoria e os políticos podem privatizá-los, selecionando quem, ou que lugar, que curral eleitoral, vai recebê-los. Essa é uma das molas mestras da corrupção. Ela lhes garante o sucesso e a perpetuação eleitoral".
Falou-se de como a corrupção nasceu, nos atuais níveis e nas atuais modalidades, à sombra do regime militar, e de como ela cresceu, com a redemocratização. Ficou faltando abordar um outro importante ângulo da questão: a omissão dos bons. Tão espantoso quanto o Congresso se mover, agora, no sentido de investigar e propor-se a punir a corrupção, é o fato de antes, e durante anos, não ter feito nada. É como se a maioria considerasse aquilo inevitável tal um fenômeno da natureza, algo com que se precisava aprender a conviver tal se convive com as estações do ano.
Todo mundo sabia, no Congresso, há muito, que havia algo de podre no reino da Comissão de Orçamento. E no entanto ninguém fazia nada. Um dos maiores sintomas de que algo de errado havia, ou há, com o Parlamento brasileiro é o fato de nunca, em sua história, ter abrigado tantos economistas de primeira plana, e no entanto nenhum deles fazer parte da Comissão de Orçamento. Sabia-se que lá não era lugar para gente honrada.
A omissão dos bons não é uma tragédia apenas porque os mais honestos e bem preparados deixam de agir. É uma tragédia, também, porque acoberta os desonestos, e assim os incentiva a prosseguir. Escreveu o cientista político Francisco Weffort, num artigo publicado na Folha de S.Paulo: "...centenas de parlamentares, na maioria sérios e honestos, funcionam como proteção de algumas dezenas de outros que, em circunstâncias normais, teriam que ser tratados como réus da Justiça comum". Weffort referia-se não apenas aos ladrões da Comissão de Orçamento. Falava do conjunto dos deputados acusados de crimes, alguns tão graves como tentativa de homicídio, e que são protegidos pelo instituto da imunidade parlamentar. Nos cálculos do cientista político, modestos, a "bancada do crime", como a designou, somaria uns 10% da Câmara dos Deputados. "Alguém dirá que, em termos estatísticos, não é muito", escreveu Weffort. "O que preocupa, porém, é outra coisa: por que os restantes 90% deixaram as coisas chegar a esse ponto?"
No mesmo artigo, Weffort lembra que o senador Pedro Simon admitiu, no programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo, ter conhecimento há muito de que se praticavam falcatruas na Comissão de Orçamento. "Se políticos como Simon sabiam, por que não denunciaram?", pergunta Weffort. E acrescenta, lembrando que o escândalo todo veio à tona por artes de um acusado, entre outros crimes, de matar a própria esposa: "O homem honesto calou-se, o criminoso denunciou". Há algo de terrível, nesta frase.
Por que a omissão dos bons? Uma resposta possível talvez a tenha o cientista político Bolívar Lamounier, quando afirma que no Brasil, pelo menos até há pouco, nunca houve ética pública. "A ética era privada, se tanto. Era só para a família." No extremo, a falta de ética política pode transformar-se no elogio da falta de ética. Veja-se que exemplo fascinante nos oferece a senhora Maria Helena Guinle, uma socialite carioca, numa entrevista que concedeu à revista Interview, em dezembro de 1992.
Na época, ainda não tinha estourado o escândalo do Orçamento, mas estava fresco o escândalo Collor. A certa altura, a senhora Guinle passa a elogiar o ex-presidente, "uma pessoa fascinante", que "se veste bem, sabe falar" e que, como presidente, "só nos orgulhava". A senhora mantém essa opinião mesmo depois do impeachment?, pergunta o repórter. Vem então a seguinte e extraordinária resposta: "Deslizes acontecem a vida inteira. No momento em que você ocupa um cargo que te favoreça de alguma forma, acho até um pouco de burrice não aproveitar a situação".
Silêncio. Pausa. O leitor que recupere o fôlego. Prossiga-se.
Se nos falta, ou faltava, uma ética pública, é algo que depende de comprovação, mas não deixa de ser curioso que os dois grandes escândalos da vida brasileira em todos os tempos, um logo em seguida ao outro - o de Collor e o do Orçamento -, tenham tido em sua origem um episódio privado. O caso Collor começou com uma briga de irmãos. O do Orçamento, com o desaparecimento de uma mulher. Ambos, episódios da vida em família, que revolvem sentimentos íntimos - nada a ver com política.
Estamos nos aproximando de um ponto perigoso. Primeiro identificamos as origens do atual nível de corrupção pelo efeito conjugado do regime militar e do desastrado período de redemocratização. Depois selecionamos um fator - a omissão dos bons - que nos conduz à constatação de que reina um ambiente de tolerância para com a corrupção, quando não de compreensão e até incentivo a ela, como na tese da senhora Guinle. O passo seguinte é concluir que há todo um ambiente contaminado. "Somos todos corruptos", dizia o ex-presidente da Fiesp Mario Amato. Será que o povo é culpado? Chegaremos a esse tema, mas antes voltemos à história de amor que deixamos abandonada lá atrás, localizada no bairro do Tucuruvi.
"Ouro e dádivas secretas"
"Com peitas, ouro e
dádivas secretas
Conciliam da terra os
principais."
Camões, Lusíadas
"Em quase todas as épocas da História portuguesa uma carta de bacharel valeu tanto quanto uma carta de recomendação nas pretensões a altos cargos públicos. No século XVII, a crer no que afiança a Arte de Furtar, mais de 100 estudantes conseguiram colar grau na Universidade de Coimbra todos os anos, a fim de obterem empregos públicos, sem nunca terem estado em Coimbra."
Sérgio Buarque de Holanda, Raízes do Brasil
"Corria na Europa, durante o século XVII, a crença de que aquém da linha do Equador não existe nenhum pecado: Ultra aequinoxialem nom pecari. Barlaeus, que menciona o ditado, comenta-o dizendo: 'Como se a linha que divide o mundo em dois hemisférios também separasse a virtude do vício".
Sérgio Buarque de Holanda, Raízes do Brasil
"Por que não roubou?"
"Quando Rio Pardo, o antigo ministro da Guerra, que se mantivera fiel até o último momento, e teve de fugir porque a sua vida corria perigo, chegou a bordo, dom Pedro soltou grandes gargalhadas e caçoou do fugitivo. Paranaguá, antigo ministro da Marinha, tendo de se esconder pelo mesmo motivo, apresentou-se a bordo. Dom Pedro disse-lhe que dele não se podia encarregar. Respondeu-lhe o outro que, neste caso, só lhe restava tornar a Portugal, onde tinha direito a uma pequena aposentadoria. Disse-lhe o ex-imperador: 'Espero que não irá a Portugal antes de minha filha estar estabelecida no trono'. 'Mas, senhor, que quer que eu faça? Não tenho fortuna, só tinha meu subsídio.' 'Faça o que quiser, não é da minha conta; por que não roubou, como Barbacena? Estaria bem, agora'."
(Episódio ocorrido a bordo do Warspite, navio em que dom Pedro I zarparia para a Europa depois da abdicação, em 1831)
Octávio Tarquínio de Souza, A Vida de D. Pedro I
"Raposas nos gabinetes"
"O Segundo Reinado será o paraíso dos comerciantes, entre os quais se incluem os intermediários honrados e os especuladores prontos para o bote à presa, em aliança com o Tesouro. A velha dupla, estamento e comércio, dá-se as mãos, modernizadora nos seus propósitos, montada sobre a miragem do progresso. Os agricultores vergados ao solo, os industriais inovadores servem, sem querer, aos homens de imaginação forjada de golpes, hábeis no convívio com os políticos, astutos nas empreitadas. As raposas se infiltram nos gabinetes, contaminando, com sua esperteza, o tipo social do político. O progressismo, como muito mais tarde o desenvolvimentismo, fará da modernização um negócio de empréstimos, subvenções e concessões, entremeado com o jogo da bolsa, sob os auspícios do Estado. (...) Ninguém quer matar a galinha dos ovos de ouro, senão viver à custa dela, submissa, calada e recolhida, mas prolífica."
Raymundo Faoro, Os Donos do Poder
O mar de lama, mês a mês
Janeiro
• A Polícia Federal conclui que houve irregularidades na compra da Vasp por Wagner Canhedo. Como garantia para um financiamento do Banco do Brasil, o empresário apresentou uma fazenda estimada em quinze vezes o valor real.
Fevereiro
• PC Farias é indiciado em dez inquéritos, por corrupção ativa, emissão de notas frias, falsidade ideológica, evasão de divisas e exploração de prestígio.
Março
• Livro do ex-porta-voz Claudio Humberto Rosa e Silva, Mil Dias de Solidão, conta histórias escabrosas do governo Collor.
• Carro oficial do ministro do Tribunal de Contas da União, Homero Santos, é flagrado pegando seus netos na escola.
• Quatro delegados de polícia do Rio são afastados por envolvimento com quadrilhas de ladrões de carros.
• O presidente da Câmara, Inocêncio Oliveira, é pego usando equipamentos do Departamento Nacional de Obras contra a Seca para perfurar poços de água em suas propriedades.
Abril
•Acuado pelas denúncias de corrupção, Orestes Quércia renuncia à presidência do PMDB.
•Investigação revela que as fraudes na Previdência engolem US$ 1,5 bilhão por ano.
•Livro de Pedro Collor, Passando a Limpo - A Trajetória de um Farsante, traça o perfil do irmão como desequilibrado metido em farras com drogas e prostitutas em Maceió.
•Inocêncio é envolvido em outro escândalo, desta vez pela instalação de telefone comunitário em uma de suas fazendas.
•A Câmara despreza as acusações contra Inocêncio.
Maio
•O ministro da Fazenda, Eliseu Resende, é acusado de ajudar a Odebrecht, da qual foi alto funcionário durante sete anos, a ganhar um financiamento para uma obra de irrigação no Peru.
•O ex-secretário particular de Zélia Cardoso de Mello confirma que pagou despesas da ex-ministra com dinheiro do esquema PC.
•O governador gaúcho Alceu Collares leva vinte pessoas para uma viagem à Europa com diárias de 350 dólares pagas com dinheiro público.
•Eliseu Resende deixa o Ministério da Fazenda.
Junho
•Descobre-se que Nuri Andraus, nomeado para o Ministério da Agricultura, responde a um processo por homicídio.
•Uma boate, uma escola de elite e entidades fantasmas criadas por parlamentares estão entre os beneficiários de verbas sociais aprovadas no Orçamento da União.
•Descoberta de um rombo de 104 milhões de dólares no Banespa piora a situação de Quércia e de Fleury, envolvidos no escândalo das compras superfaturadas de equipamentos de Israel.
•PC Farias desaparece na véspera da decretação de sua prisão preventiva.
•A facilidade da fuga de PC provoca crise na Polícia Federal.
Julho
•Descobre-se que a PM de Alagoas deu cobertura à fuga de PC.
•O chefe da alfândega no Aeroporto de Guarulhos é exonerado sob suspeita de irregularidades.
•Estoura o escândalo Paubrasil, com a apreensão, na firma do pianista João Carlos Martins, de livros contábeis do caixa dois das campanhas eleitorais de Maluf.
•A PF conclui que Claudio Humberto recebeu dinheiro de fantasmas do esquema PC como pagamento por intermediar verbas de publicidade no governo Collor.
Agosto
•João Carlos Martins admite que participou "intensamente" das campanhas de Maluf em 1990 e 1992.
•Um repórter da TV Bandeirantes descobre que PC esteve em Assunção, no Paraguai, de onde teria ido para Buenos Aires.
Setembro
•Dois brasileiros juram ter visto PC, acompanhado de uma loira, numa loja em Frankfurt, Alemanha.
•Calim Eid, coordenador das campanhas de Maluf, confessa que imóveis alugados pela Paubrasil foram usados como comitês eleitorais.
•Acusado de corrupção, o governador do Amapá, Aníbal Barcellos, é afastado por 120 dias por decisão da Assembléia Legislativa.
•Os deputados Onaireves Moura e Nobel Moura são apanhados oferecendo dinheiro a colegas de outros partidos para que se filiassem ao PSD.
•O deputado Itsuo Takayama confessa ter entrado para o PSD em troca de dinheiro e compara seu caso ao dos jogadores de futebol que recebem gratificação quando mudam de time.
•Fleury acusado de estar por trás da compra de mandatos.
Outubro
•Escândalo no Orçamento: José Carlos Alves dos Santos, alto funcionário do Congresso, denuncia rede milionária de corrupção envolvendo deputados, senadores, ministros, governadores e empreiteiras.
•José Carlos, acusado de ter assassinado a esposa, explica que os 3,7 milhões de dólares achados em sua casa se devem a propinas que recebeu por incluir no Orçamento emendas do interesse de políticos e de empreiteiras.
•Instalada uma CPI para investigar o escândalo, que envolve principalmente os integrantes da Comissão de Orçamento da Câmara, o grupo apelidado de sete anões.
•O deputado João Alves, principal acusado, atribui seu patrimônio de 5 milhões de dólares ao fato de ter ganhado muitas vezes na loteria. "Deus me ajudou", disse.
•Registros da CEF provam que João Alves perdeu mais do que ganhou, reforçando as evidências de lavagem de dinheiro através da loteria.
•Henrique Hargreaves, um dos dois ministros acusados, deixa a chefia da Casa Civil.
•O outro ministro, Alexandre Costa, da Integração Regional, permanece no cargo.
•PC Farias é entrevistado em Londres por um jornalista da Rede Globo.
Novembro
•O deputado Ricardo Fiúza sai-se bem na CPI do Orçamento, mas não explica como ganhou 5,6 milhões de dólares entre 1988 e 1992.
•Cid Carvalho, deputado que desviou 60.000 dólares através de uma entidade fantasma, é surpreendido na CPI pela apresentação de dois cheques de João Alves em seu nome.
•O deputado Manoel Moreira é denunciado como corrupto por sua ex-mulher, Marinalva Soares da Silva.
•O deputado Genebaldo Corrêa justifica 1,6 milhão de dólares depositados na sua conta como "sobras de campanha".
•Por causa do escândalo, Genebaldo é afastado da liderança do PMDB na Câmara.
•A CPI descobre na conta do deputado Ibsen Pinheiro quantidades de dinheiro incompatíveis com seu salário e três cheques de Genebaldo, no valor de 35.000 dólares.
•Ibsen se afasta do cargo de relator do regimento interno da revisão constitucional.
•O deputado Fabio Raunheitti se atrapalha diante das provas de que enviou a faculdades e hospitais de sua propriedade 15 milhões de dólares em verbas sociais.
•O deputado José Geraldo Ribeiro se desmoraliza ao ser confrontado com cheque com sua assinatura comprovando a compra de fazenda cuja existência disse não conhecer.
•Comprovado o desvio, pe lo suplente de deputado Feres Nader, de 2 milhões de dólares em subvenções sociais para entidades fantasmas no Rio.
•José Sarney aparece como beneficiário de serviços da construtora Servaz.
•A PF apreende 40 quilos de documentos na casa do diretor da Odebrecht em Brasília Ailton Reis.
•A polícia encontra o corpo de Ana Elizabeth, mulher de José Carlos Alves dos Santos, que é denunciado pelos assassinos como o mandante do crime e tenta o suicídio.
•Descobre-se que o governador Joaquim Roriz recebeu 1,9 milhão de dólares entre janeiro e novembro de 1989. "Não é proibido ser rico", defende-se Roriz.
•O presidente do Sindicato dos Motoristas do ABCD denuncia a ajuda da entidade a candidatos a vereador pelo PT e pelo PSDB.
•Maluf denuncia irregularidades nos contratos entre a prefeitura de São Paulo, durante a gestão de Luiza Erundina, e a empresa Nutrícia, para fornecimento de merenda escolar.
•PC Farias é preso na Tailândia.
Dezembro
•PC desembarca e fica preso na PF em Brasília.
•Os documentos apreendidos da Odebrecht sugerem a existência de um cartel das grandes empreiteiras para fraudar as licitações de obras públicas.
•Empata o julgamento, pelo STF, do mandado de segurança contra a suspensão dos direitos políticos de Collor.
•Três juízes do Superior Tribunal de Justiça, aos quais foi transferida a decisão sobre Collor, confirmam a cassação do ex-presidente.
•João Carlos Martins diz que repassou através da Paubrasil 19 milhões de dólares arrecadados de empresários para comitês de Maluf.
•Flávio Maluf, filho do prefeito, depõe no caso Paubrasil.
•A Câmara cassa o mandato de Onaireves, Nobel e Takayama por tráfico de filiações partidárias.
fechar
# escrito por Kodai : 8/06/2005 01:16:00 AM 0 comentários
Qual o vinho que não contém álcool?
Qual o vinho que não contém álcool?
Ovinho de codorna
# escrito por Kodai : 8/06/2005 01:12:00 AM 0 comentários
"Mensalão": presidente do BES reuniu-se com ex-ministro de Lula a convite de Marcos Valério
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1229867
Audiência teve lugar em Janeiro
"Mensalão": presidente do BES reuniu-se com ex-ministro de Lula a convite de Marcos Valério
04.08.2005 - 16h44 Lusa
O presidente do Banco Espírito Santo no Brasil, Ricardo Espírito Santo, afirmou hoje ao jornal "O Globo" que se reuniu em Janeiro deste ano com o ex-ministro da Casa Civil da Presidência brasileira José Dirceu, num encontro preparado por Marcos Valério, acusado de ser o responsável pelo escândalo do "mensalão".
Ricardo Espírito Santo refere que foi Marcos Valério - acusado de ser o "homem da mala" que comprava o apoio dos parlamentares ao seu Governo - quem se ofereceu para o apresentar a José Dirceu.
A reunião entre presidente do BES, Marcos Valério e José Dirceu consta da agenda oficial do ex-ministro e teve lugar 13 dias antes da viagem de Marcos Valério e Emerson Palmieri, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), a Portugal.
O ex-ministro do Presidente Lula da Silva confirmou ao jornal "O Globo" que recebeu em Janeiro o banqueiro Ricardo Espírito Santo, que estava acompanhado por Marcos Valério.
De acordo com José Dirceu, Marcos Valério estaria a prestar serviços ao BES, que pediu a audiência para comunicar o seu interesse em novos investimentos. Em resposta, Ricardo Espírito Santo negou ter feito negócios com Marcos Valério e que este tivesse prestado serviços ao seu banco.
"Nunca fiz qualquer serviço com Marcos Valério. Ele ofereceu-se para me apresentar ao ministro Dirceu. Por isso, estava na audiência. No encontro, falámos sobre os projectos do Grupo Espírito Santo no Brasil. Nunca solicitei qualquer tipo de favor ou ajuda do Governo. Não trabalhamos com o Governo nem com políticos", disse o presidente do BES a "O Globo".
Outra denúncia do deputado Roberto Jefferson foi a de que Marcos Valério teria tentado convencer a direcção do Instituto de Resseguros do Brasil a transferir parte das reservas técnicas aplicadas noutros bancos europeus para o Banco Espírito Santo. O montante rondaria os 600 milhões de dólares (486 milhões de euros). Por essa transferência, segundo Jefferson, o banco português pagaria uma comissão para ser dividida entre o Partido dos Trabalhadores e o Partido Trabalhista Brasileiro, que estão no poder.
# escrito por Kodai : 8/06/2005 12:01:00 AM 0 comentários
http://www.estadao.com.br/rss/agestado/2005/ago/04/164.htmQuinta-feira, 04 de agosto de 2005 - 18h14
Banco português confirma ter feito proposta ao IRB
A crise Fórum Leia mais
Lisboa - O Banco Espírito Santo (BES) informou hoje, por meio de comunicado que fez uma proposta no dia 22 de abril de 2005 para captação de US$ 100 milhões do IRB. Segundo o banco português, a proposta, que teria como único objetivo "o negócio bancário" - foi recusada no dia 2 de maio. No comunicado, o banco afirma que este tipo de proposta é comum no seu ramo de atividade.
Jair Rattner e Jamil Chade
# escrito por Kodai : 8/05/2005 11:02:00 PM 0 comentários
Quem é mais velho? O Sol ou a Lua?
Quem é mais velho? O Sol ou a Lua?
A Lua, pois já pode sair de noite!!
# escrito por Kodai : 8/05/2005 07:41:00 PM 0 comentários
Choquito
Como se toma um choquito?
Ponha o dedito na tomadita!!
# escrito por Kodai : 8/05/2005 07:40:00 PM 0 comentários
Quem abafa corrupção merece o que?
http://www.terra.com.br/istoe/1846/brasil/1846_traido_discurso.htm
Isto é, 02/03/2005
Disputa
Traído pelo discurso
Lula admite que abafou irregularidades
praticadas pelo governo FHC em estatal
Weiller Diniz
Como se não bastassem os problemas que já enfrenta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva arrumou outra polêmica. Durante um discurso na cidade de Jaguaré, a 150 quilômetros de Vitória (ES) – feito após sucessivos ataques do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso contra o PT e seu governo –, Lula afirmou publicamente que teria mandado abafar a divulgação de uma denúncia de corrupção em uma empresa pública ligada às privatizações na era FHC. O presidente relatou que no início do governo um “alto companheiro, de uma função muito importante”, o procurou para dizer que “o processo de corrupção que aconteceu antes de nós foi muito grande. Algumas privatizações que foram feitas em tais lugares levaram a instituição a uma quebradeira”. Lula não revelou o nome do companheiro e o da instituição. Mas a declaração seguinte é que provocou reações. “Eu disse ao meu companheiro: olhe, se tudo isso que você está me dizendo é verdade, você só tem o direito de dizer para mim. Aí para fora você fecha a boca e diga que a nossa instituição está preparada para ajudar no desenvolvimento do País.”
Lessa (à esq.) confirma conversa e Goldmann fala em processo
Minutos depois, a assessoria do ex-presidente do BNDES Carlos Lessa confirmou que ele teve uma conversa com Lula em que expôs a difícil situação do banco, causada por problemas nas privatizações. Lessa confirmou que recebeu a orientação de não falar, mas negou que tenha usado a palavra corrupção. Dois líderes tucanos – o senador Arthur Virgílio (AM) e o deputado Alberto Goldmann (SP) – anunciaram que o PSDB irá processar Lula por “crime de responsabilidade e prevaricação”. Goldmann disse que o comportamento de Lula “está até sujeito a impeachment”.
# escrito por Kodai : 8/05/2005 05:52:00 PM 0 comentários
ANATEL vergonhosamente age contra o povo brasileiro!!
Ninguém vai contestar o fato absurdo, da ANATEL ficar entrando na justiça em favor das empresas de telefonia, prejudicando os consumidores? A ANATEL é paga com os impostos do povo, e não pode ficar contra ele.
VERGONHOSA a atuação da ANATEL no caso da liminar contra a cobrança de assinatura. O povo brasileiro, com seus impostos está pagando uma agência para fazer ações judiciais contra o povo e em favor das empresas de telecomunicações.
# escrito por Kodai : 8/05/2005 02:59:00 PM 0 comentários
Bancos emprestavam porque Dirceu era a garantia, diz Valério
http://www.estadao.com.br/nacional/noticias/2005/ago/05/21.htm
Bancos emprestavam porque Dirceu era a garantia, diz Valério
A crise Fórum Leia mais
Belo Horizonte - Depois de um depoimento cheio de lacunas à CPI dos Correios, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza começa a falar. Em entrevista ao Estado, ele diz que o deputado José Dirceu (PT-SP), ex-ministro chefe da Casa Civil, era o ´avalista político´ de todos os empréstimos bancários feitos em favor do PT, mas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não sabia de nada: ´Delúbio nunca me contou nada com o nome dele.´ Valério conta que os dirigentes dos bancos BMG e Rural sabiam que Dirceu acompanhava as negociações dos financiamentos. ´Por que você acha que os bancos emprestaram? Algum banqueiro deste País daria o aval para Delúbio e Valério? Os bancos só deram aval porque sabiam que por trás tinha um conforto, uma garantia´, argumenta, indicando que esse conforto era o então todo-poderoso chefe da Casa Civil.
Valério afirma que vai falar em conta-gotas: ´Agora vou contar tudo o que sei, mas não de uma vez. Vou contar devagarinho e vou fazer um estrago, um barulhão´. Ele diz que Dirceu era avisado pelo ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, sempre que um novo financiamento saía. O ex-ministro chegou inclusive a ter encontros com dirigentes do BMG e do Rural. Segundo Valério, Dirceu ficava sabendo passo a passo das transferências de dinheiro feitas aos diretórios do PT e aos partidos aliados por determinação do ex-tesoureiro.
´Delúbio tinha fidelidade canina e não fazia nada sem conversar com Dirceu´, diz. Os repasses começaram a ser feitos em 26 de fevereiro de 2003 e totalizaram, segundo Valério, R$ 55,8 milhões - valor igual ao que o empresário tomou emprestado no BMG e no Rural com aval do ex-tesoureiro.
´Nos dois últimos anos, eu fui a pessoa mais íntima do Delúbio. Ele me disse que Zé Dirceu sabia das dívidas do partido, que Zé Dirceu sabia dos compromissos com os outros partidos da base. Delúbio assumiu mais compromissos do que realmente poderia. Além de Zé Dirceu, todo mundo na cúpula do PT sabia dos empréstimos de Delúbio e das transferências para diretórios do PT e para partidos aliados´, afirma o homem que vem sendo comparado ao empresário PC Farias.
´Minha vida está uma droga´
O sócio das agências de publicidade SMPB e DNA diz que decidiu contar o que sabe para atender aos apelos da opinião pública e demonstra a preocupação de não parecer um chantagista. Ele avalia que não tem mais nada a perder: ´Minha vida está uma droga´. Valério conta ainda que venderá sua parte nas empresas de que é sócio, mas jura que não se arrepende do período em que conviveu com o ex-tesoureiro do PT .
O único preservado por ele é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: ´O presidente Lula não sabia e Delúbio nunca me contou nada com o nome dele´.
De acordo com Valério, os empréstimos e transferências de recursos começaram depois da eleição de 2002. Foi no segundo turno da disputa presidencial que ele começou a se reaproximar de um velho amigo petista, o deputado Virgílio Guimarães (MG), seu conterrâneo da cidade de Curvelo. No mesmo ano, conheceu Dirceu e ficou próximo da cúpula do PT.
Depois de tudo que ocorreu, ele não se queixa de Delúbio, mas considera que Dirceu está fugindo de suas responsabilidades. Ele diz não saber se o Roberto Marques que aparece na lista de pessoas autorizadas a sacar no Banco Rural é o assessor particular do ex-ministro, mas conta que foi Delúbio quem pediu que incluísse o nome na relação de sacadores.
´O dinheiro não era meu. Era do Delúbio. A ordem vinha do Delúbio e eu cumpria´, assegura. Em 15 de junho do ano passado, Marques foi autorizado a sacar um cheque de R$ 50 mil, mas não compareceu à agência. No dia seguinte, foi emitida uma nova autorização em nome de Luiz Carlos Mazano, identificado pela CPI como funcionário da Bônus-Banval, corretora que era usada para transferir dinheiro para políticos.
O publicitário mineiro diz rejeitar o termo ´mensalão´, usado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) para se referir aos repasses de dinheiro a políticos e partidos aliados do governo Lula.
Expedito Filho
# escrito por Kodai : 8/05/2005 02:50:00 PM 0 comentários
Começa a campanha "Fora Lulla"
http://www.petitiononline.com/foralula/
# escrito por Kodai : 8/05/2005 02:46:00 PM 0 comentários
Agenda do Zé Dirceu em Lsiboa - site oficial do governo brasileiro
http://www.planalto.gov.br/casacivil/site/exec/noticias.cfm?cod=1889
Notícias
3 de Junho de 2005
Dirceu faz visita oficial à Espanha e a Portugal
O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, realiza viagem oficial para Espanha e Portugal na próxima semana. Ele estará em Madri no período entre 5 e 7 de junho e em Lisboa nos dias 7 e 8 de junho. O ministro cumprirá a agenda acompanhado dos embaixadores na Espanha, José Viegas Filho, e em Portugal, Paes de Andrade, e viajará acompanhado do assessor especial para Assuntos Internacionais da Casa Civil, embaixador Américo Fontenelle, do assessor especial da Casa Civil responsável pela Sala de Investimentos, Walter Cover, e da assessora especial do Cerimonial da Casa Civil, Evanise Santos.
O ministro manterá encontros com os ministros que ocupam cargo equivalente à Casa Civil no Brasil. Na Espanha, o encontro com Maria Tereza Fernández de la Veja, vice-presidente do Governo e Ministra da Presidência. Em Portugal, a reunião será com Pedro Silva Pereira, ministro da Presidência. Também em Portugal, Dirceu vai se encontrar com o presidente Jorge Sampaio.
Na viagem, estão previstos encontros com representantes dos governos dos dois países, com empresários, lideranças sindicais e estudiosos. No domingo, o ministro vai atender convite feito durante sua viagem a Davos por Guillermo de la Dehesa, presidente do Comitê Bilateral de Empresários Espanha-Brasil, reunindo-se com presidentes de empresas espanholas do setor de construção e infra-estrutura.
Ainda na Espanha, o ministro apresentará palestra a empresários sobre o tema “Novas bases para o desenvolvimento sustentável”, participará de um almoço com representantes do governo espanhol e de lideranças sindicais e políticas. Também haverá um encontro com artistas, intelectuais e estudiosos promovido por Alfredo Guevara.
Em Portugal, além da agenda política, Dirceu vai se encontrar com empresários e participará de um debate com o tema “O Momento Atual do Brasil”, promovido pelo diretor do Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais, Álvaro Vasconcelos.
ROTEIRO DA VIAGEM
MADRI – ESPANHA
DOMINGO - 05/06/2005
21h00 - Jantar em homenagem ao Ministro de Estado Chefe da Casa Civil, José Dirceu, oferecido por Guillermo de la Dehesa, presidente do Comitê Bilateral de Empresários Espanha-Brasil
Local: Club 31 (Calle Alcalá, 58)
Participam:
Embaixador José Viegas, embaixador do Brasil na Espanha
Marcelino Oreja, presidente da Construtora FCC
Florentino Pérez, presidente da Construtora ACS e do Club Real Madrid
Rafael del Pino, presidente da Ferrovial
Luiz Rivero, presidente da Construtora Sacyr-Valle Hermoso
Íñigo de Oriol, presidente da Iberdrola
Francisco Pizarro, presidente da Endesa
Antonio Basagoiti, presidente da Unión Fenosa
Francisco Luzón, conselheiro delegado (CEO) do Grupo Santander
Javier Gómez Navarro, presidente do Conselho Superior de Câmaras
SEGUNDA - 06/06/2005
12h00 - Encontro com o presidente da Confederação Espanhola de Organizações Empresariais, seguido de palestra
Local: Sede da CEOE (Diego de León, 8ª planta)
Participam:
Embaixador José Viegas, embaixador do Brasil na Espanha
José Maria Cuevas, presidente da CEOE
Pedro Mejía, secretário de Estado de Comércio e Turismo (Ministério de Indústria, Comércio e Turismo)
Ignácio Galán, diretor-executivo da Iberdrola
Rafael Miranda, diretor-executivo da Endesa
Francisco Luzón, diretor-executivo do Santander
Jesús Banega Núnez, presidente da Associação Espanhola de Tecnologia de Informação e de Comunicações
14h45 - Almoço em homenagem ao Ministro de Estado Chefe da Casa Civil, José Dirceu, oferecido pelo Embaixador do Brasil na Espanha, Embaixador José Viegas Filho
Local: Residência da Embaixada
Participam:
José Maria Cuevas, presidente da CEOE
Miguel Sebastián, assessor econômico da Presidência de Governo
Pedro Mejía, secretário de Estado de Comércio e Turismo (Ministério de Indústria, Comércio e Turismo)
Leire Pajín, secretária de Estado de Cooperação Internacional (Ministério de Assuntos Exteriores e de Cooperação)
Jaime Montalvo Correa, presidente do Conselho Econômico e Social
Cándido Méndez, secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT)
José María Fidalgo, secretário-geral da Confederação Sindical de Comissões Operárias
José Blanco López, secretário de Organização e Coordenação do PSOE
Trinidad Jiménez, secretaria de Relações Internacionais do PSOE
Javier Sandomingo Núñez, diretor-geral de Política Exterior para Ibero-américa (Ministério de Assuntos Exteriores e de Cooperação)
Emílio Fernández-Castaño, diretor-geral de Relações Econômicas Internacionais (Ministério de Assuntos Exteriores e de Cooperação)
Angel Martín Acebes, diretor do Instituto Espanhol de Comércio Exterior
16h30 - Encontro com diplomatas brasileiros da Embaixada do Brasil na Espanha
20h00 - Jantar em homenagem ao Ministro de Estado Chefe da Casa Civil, José Dirceu, oferecido pela Sociedade Geral de Autores e Editores
Local: Sede da Sociedade de Autores e Editores (Calle Fernando VI, 4)
TERÇA - 07/06/2005
12h00 - Reunião com Maria Tereza Fernández de la Veja, vice-presidente do Governo e Ministra da Presidência
13h30 - Almoço em homenagem ao Ministro de Estado Chefe da Casa Civil, José Dirceu, oferecido pelo Presidente da Telefônica, César Alierta Izuel
Local: Sede da Telefônica (Gran Via, 28)
LISBOA - PORTUGAL
19h30 - Entrevista coletiva
Local: Hotel Pestana
20h30 - Jantar com empresários luso-brasileiros
Presenças confirmadas:
BANCO ITAÚ - Dr Almir Vignoto
BANCO ITAÚ - Dr Câmara Pestana
MILLENNIUM BCP - Eng. Jorge Jardim Gonçalves
SOMAGUE - Dr Diogo Vaz Guedes
GES - Dr Manuel Fernando Espírito Santo Silva
BES - Dr Ricardo Espírito Santo Salgado
PT - Dr Miguel Horte e Costa
EDP - Dr Francisco Sanchez
BRISA - Dr Vasco de Mello
ÁGUAS DE PORTUGAL - Dr Américo Abreu Ferreira
CGD - Dr Victor Martins
FINANTIA - Dr António Guerreiro
BPP - Dr João Rendeiro
CABELTE - Dr Adalberto Neiva de Oliveira
SONAE - Eng Belmiro de Azevdo
LOGOPLASTE - Dr Filipe de Botton
BENTO PEDROSO - Eng Carlos Armando Paschoal
ZAGOPE - Eng Leando de Aguiar
TAP - Eng Fernando Pinto
PLANBELAS - André Jordan
GRUPO PESTANA - Dionisio Pestana
VILA GALÉ - Jorge Rebelo de Almeida
OGMA/EMBRAER - Dr Maurício Botelho
LUSOSIDER - Dr António Lemos Junior
BANIF Com. - Horário Roque
SIC - Dr Francisco Pinto Balsemão
BMF - António Bustorff
ESCOM Fausto Costa
EDIFER - Clóvis Martines
GIBB PORTUGAL - Marco António Herling
XAVIER BERNARDES E BRAGANÇA - Duarte Athayde
EUROP ASSISTANCE - João Fervença
BANCO DO BRASIL - Dr Gladstone Siqueira
ELO - Francisco Mantero
GALP - Eng Mário Abreu
PORTUCEL - Dr Jorge Armindo
NILLENNIUM BCP - Dr Chistopher de Beck
BPI - Dr Fernando Ulrich
ANA - Dr Eduardo Lopes Palma
CTT - Dr Luis Nazaré
QUARTA - 08/06/2005
09h30 - Audiência com o sr. Presidente da República Portuguesa, Jorge Sampaio
Local: Palácio de Belém
Audiência com o Ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira
12h30 - Almoço-debate “O Momento Atual no Brasil”, oferecido pelo Diretor do Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais, Dr. Álvaro Vasconcelos
Local: Grêmio Literário
# escrito por Kodai : 8/05/2005 05:34:00 AM 0 comentários
Agenda de Dirceu em Lisboa é mistério??
http://blogspyk.blogspot.com/2005/08/agenda-de-dirceu-em-lisboa-rio.html
Agenda de Dirceu em Lisboa é mistério
(Estado de São Paulo, pág. A7, 05/08/2005)
Apesar de a viagem do ex-ministro José Dirceu a Lisboa ter ocorrido há dois meses, sua agenda na capital portuguesa continua um mistério. No início da semana, o embaixador do Brasil em Portugal, Antônio Paes de Andrade, afirmou que Dirceu havia apenas estado com intelectuais de esquerda num seminário. Ontem, ele admitiu que também houve um jantar de Dirceu com empresas portuguesas que investem no Brasil.Além disso, os jornalistas que cobriram o evento na ocasião foram informados de que Dirceu teria uma reunião com algumas empresas - o que foi negado ontem pela embaixada. Dirceu chegou em Lisboa em 7 de junho e partiu um dia depois. Embora o ex-ministro tenha permanecido pouco mais de 26 horas no país, ninguém na embaixada parece ter a programação oficial de Dirceu na capital portuguesa. No dia 8, a agenda passada informalmente aos jornalistas previa encontros do ministro com empresários na residência do embaixador brasileiro em Lisboa, onde Dirceu estava hospedado. Paes de Andrade assegurou ontem, porém, que não houve nenhuma reunião. No final da tarde daquele dia, o ex-ministro embarcou para Brasília via Madri.
Pois se o embaixada não tem a programação oficial do então ministro José Dirceu em Portugal e o embaixador foi confuso em informar à imprensa eu posso dar uma ajuda: clique na imagem abaixo e veja a agenda oficial no próprio site do Governo Federal. No jantar em Portugal no dia 7 estiveram presentes, entre outros notáveis, o presidente do Banco Espírito Santo e Miguel Horta e Costa da Portugal Telecom:
# escrito por Kodai : 8/05/2005 05:33:00 AM 0 comentários
PT trai seus ideais e militância e faz privatizações que tanto combatia
http://clipping.planejamento.gov.br/Noticias.asp?NOTCod=183888
Acordo garante privatização do BEC
Alex Ribeiro
Valor Econômico
18/3/2005
Para retomar o processo de privatização dos bancos estaduais, o Tesouro Nacional teve que fechar um acordo político com o Estado do Ceará. A União assinou com o governador Lúcio Alcântara (PSDB) um contrato pelo qual o Estado receberá R$ 100 milhões para manter no Banco do Estado do Ceará (BEC), por cinco anos, a conta única e o pagamento dos funcionários. O acordo permitiu ao Banco Central publicar hoje o edital de pré-qualificação dos interessados.
A expectativa é que o leilão ocorra entre agosto e setembro. "Sem as contas do Estado, o banco não vale nada", diz Alcântara, que interrompeu a venda do BEC no início de 2003 para negociar termos mais vantajosos. A última privatização foi em 2004, com a venda do banco do Maranhão. Os entendimentos prosseguem com Piauí e Santa Catarina.
Acordo deixa caminho livre para a privatização do BEC
Ceará vai receber R$ 100 milhões para manter conta no banco
O governador do Ceará, Lúcio Alcântara (PSDB), obteve do Tesouro Nacional R$ 100 milhões em um acordo para viabilizar a privatização do banco do Estado, que foi adiada oito vezes desde 2002. Hoje, o Banco Central publica o edital de abertura do processo de venda do Banco do Estado do Ceará (BEC), que irá reiniciar a pré-qualificação dos interessados. A expectativa é que o banco seja leiloado entre agosto e setembro próximos.
Quando assumiu o governo, em 2002, Alcântara paralisou o processo de privatização do BEC, com a ameaça de retirar do banco a conta única do Estado e o pagamento dos funcionários públicos e de fornecedores. O BC e o Tesouro aceitaram negociar porque, sem as operações do governo do Estado, o banco perderia a maior parte de seu valor.
O BEC foi federalizado em 1999, para posterior privatização, dentro do programa de saneamento e redução da participação dos bancos estaduais no sistema financeiro. Na ocasião, o Tesouro Nacional concedeu um financiamento ao Estado para recuperar o banco, envolvendo a emissão de R$ 984,7 milhões em títulos públicos federais.
Os editais para a venda do banco chegaram a ser publicados em 2002, e três instituições financeiras foram pré-qualificadas à época: Bradesco, Itaú e Unibanco. Mas, em 2002, o leilão foi cancelado várias vezes devido à demora na aprovação, pela Assembléia Legislativa do Ceará, do contrato que mantinha a conta única do Estado no BEC. Na ocasião, o BC tentou tocar a privatização mesmo assim - seriam mantidos apenas a arrecadação e o pagamento de funcionários e fornecedores. Sem a conta única, a avaliação do banco caiu de R$ 344 milhões para R$ 268 milhões.
Ao assumir, em 2003, Alcântara rejeitou a idéia de reassumir o banco, mas passou a exigir vantagens do Tesouro para viabilizar o negócio. O contrato assinado, que ainda deve ser aprovado pelo Senado, prevê que o Ceará irá receber R$ 100 milhões para manter as suas operações no BEC durante cinco anos. Foi um recuo em relação ao prazo inicialmente previsto no edital de venda de 2002, que determinava a manutenção das operações por oito anos, até 2010. O período mais curto reduz, em tese, o valor de mercado do banco, comparado com o modelo original.
O pagamento ao Estado destoa do espírito do programa de saneamento, que previa que os recursos arrecadados com a privatização deveriam abater a dívida que os Estados contraíram com a União para sanear os bancos.
"O modelo de privatização proposto inicialmente era injusto, porque o Estado não recebia nada por manter suas contas no banco", argumenta Alcântara. "Sem as contas do Estado, o banco não vale nada." Segundo o governador, pela solução adotada, o comprador do banco no leilão vai pagar um valor preestabelecido, que ele estima em R$ 100 milhões, para ter o direito de administrar as contas. O Estado ficará com os recursos e não terá de usá-los para abater a sua dívida com a União. A quantia foi estimada a partir de uma avaliação encomendada pelo BC.
Superadas as negociações para a venda do BEC, restam na agenda do BC ainda as privatizações do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e do Banco do Estado do Piauí (BEP). No caso do primeiro, há forte resistência política do governador do Estado, Luiz Henrique (PMDB), além de ações judiciais. Questionado, há uma semana, sobre o destino desses bancos, o diretor de Liquidações e Desestatização do BC, Gustavo Matos do Vale, disse que a lei de saneamento de bancos estaduais dá apenas duas opções, no caso de bancos federalizados: a privatização ou a extinção. A mais recente privatização foi em janeiro de 2004, do Banco do Estado do Maranhão (BEM), arrematado pelo Bradesco.
O BC e o Tesouro concluíram que, sem as contas, a avaliação do BEC cairia abaixo de seu patrimônio líquido, que em dezembro de 2004 somava R$ 356,270 milhões. O banco tem um total de 175 mil contas correntes ativas, e outras 104 mil contas de poupança. Sua rede, com 69 agências no Ceará (existe mais uma no Distrito Federal), representa 19,49% das instalações bancárias do Estado.
Como todos os editais anteriores foram cancelados pelo BC, o processo de privatização recomeça a partir do ponto zero. Poderão se pré-qualificar candidatos que comprovem uma capacidade financeira de R$ 718,140 milhões. Somente os pré-qualificados terão acesso à sala de informações.
Para determinar o preço mínimo, o banco será submetido a duas avaliações: uma por um consórcio formado pela consultoria Deloitte, pela auditoria Trevisan e pelos escritórios de advocacia Souza Campos e Zalcberg; e outra pelo consórcio KPMG. A venda será feita em duas etapas. Primeiro, ocorrerá a oferta pública a funcionários. Depois, a venda aos pré-qualificados.
# escrito por Kodai : 8/05/2005 05:26:00 AM 0 comentários
Cristiana Aparecida Ferreira - Revista época 02/12/2002
http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT446103-1659,00.html
Ligações Perigosas
Números arquivados em celular de modelo morta há dois anos podem comprometer políticos mineiros
As investigações sobre a morte de uma mulher belíssima, ocorrida há mais de dois anos, ameaçam trazer dores de cabeça para figurões da política e do empresariado de Minas Gerais. O corpo de Cristiana Aparecida Ferreira, de 24 anos, foi encontrado no quarto de um flat de luxo de Belo Horizonte, a poucos quarteirões do Palácio da Liberdade, em 6 de agosto de 2000. A polícia concluiu que a moça se matou com veneno para ratos. Promotores de Justiça, no entanto, desconfiam da versão e resolveram escarafunchar o caso. Na semana passada, eles puderam examinar o telefone celular que estava com Cristiana no flat. Permaneciam na memória do aparelho os dez últimos registros de chamadas discadas, recebidas e não atendidas. A descoberta serviu para excitar ainda mais as conversas nos corredores do poder no Estado, que já estavam em polvorosa por causa de outro objeto pessoal de Cristiana. Numa agenda, ela anotou os contatos de parte do primeiro escalão do governo mineiro, deputados, senadores e empresários.
Filha de um funcionário aposentado da Cemig, a estatal de energia elétrica de Minas, Cristiana morava com os pais, em Contagem, cidade industrial colada em Belo Horizonte. Apesar da origem simples, tinha padrão de vida alto. Circulava por gabinetes de secretários e parlamentares em Belo Horizonte e Brasília. O Diário Oficial do Estado registrou uma visita ao governador Itamar Franco, em que ela se apresentou com o título falso de Miss Minas Gerais. Segundo o promotor Francisco de Assis Santiago, que coordena o grupo de sete representantes do Ministério Público Estadual encarregados do caso, Cristiana era modelo e namorava pessoas importantes para abrir portas na carreira. Para a polícia, era uma garota de programa.
Até agora, o único nome conhecido a vir a público é o do presidente da Cemig e ex-ministro das Comunicações, Djalma Moraes. Dois dias antes de morrer, Cristiana telefonou três vezes para o gabinete de Moraes na estatal. Em depoimento à polícia, Moraes disse que recebeu a modelo duas vezes em seu gabinete. Segundo ele, a moça levava recomendação da Casa Civil do governo e queria pedir favores para os irmãos Cláudio e Eduardo, que trabalham na Cemig. Moraes afirmou ainda que ela o procurou uma terceira vez, mas não foi atendida.
No inquérito que aponta para o suicídio da modelo, a polícia afirma que ela sofria de depressão e tomava remédios controlados. "Com a porta trancada por dentro, ela poderia pedir socorro, porque o raticida provoca morte lenta e dolorosa", diz o delegado Alexandre Liberal, chefe da Divisão de Crimes contra a Vida. Os promotores argumentam que, no dia de sua morte, Cristiana pagou as despesas do flat e marcou horário com uma manicure. "É um comportamento estranho para quem pretendia se matar", afirma o promotor Santiago. O telefone celular poderá ajudar no impasse.
Bernardino Furtado
# escrito por Kodai : 8/05/2005 05:23:00 AM 0 comentários
Ainda a mineira Cristiana Aparecida Ferreira
http://www.otempo.com.br/impressao/?idMateria=3501
Domingo, 31 de Julho de 2005, 21h21
MP reabre caso da modelo assassinada
MAGALI SIMONE
O Ministério Público de Minas Gerais volta a esmiuçar hoje o assassinato da modelo Cristiana Aparecida Ferreira, 24, em agosto de 2000. O promotor Francisco de Assis Santiago, responsável pelo caso, deve ouvir a família Ferreira nos próximos dias.
Depoimentos concedidos em 2002 pela mãe e pelo irmão da garota revelam que ela viajava frequentemente para São Paulo e Brasília transportando malas suspeitas e hospedando-se em hotéis luxuosos, também frequentados por acusados de participar do esquema do mensalão.
Santiago irá procurar uma conexão entre a morte da modelo e o esquema de desvio de verbas públicas (mensalão).
“A princípio não ligamos o caso de Cristiana às denúncias de corrupção. Mas, como surgiram informações de que esse esquema de tranporte de valores desviados existia desde 1998, considero que seria melhor voltar às investigações. Ela pode ter sido morta por estar envolvida nessa história”, afirmou Santiago em entrevista a O TEMPO.
O caso Cristiana ganhou notoriedade em todo o país porque ela teria tido relações com importantes políticos do cenário nacional como o ministro do Turismo Walfrido dos Mares Guais, o presidente da Cemig, Djalma Morais, o ex-presidente Itamar Franco, o ex-ministro Henrique Hargreaves, o ex-governador Newton Cardoso, entre outros.
O corpo dela foi encontrado no dia 6 de agosto de 2000, no quarto 1.601 do San Francisco Flat Service, localizado na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Ela estava nua, deitada sobre a cama. Ao lado, resquícios de um raticida. Apresentava marcas de agressão, que foram ignoradas no confuso inquérito feito pela Polícia Civil na época.
Depois de mandar prender e soltar o empresário Luiz Fernando Novaes Ferreira, que seria ex-noivo de Cristiana e ex-assessor do ministro Walfrido dos Mares Guais, os policiais que apuraram o caso concluíram que ela tinha se matado tomando veneno.
Sentença
O promotor não duvida da autoria do homicídio. Santiago continua acreditando que o ex-detetive Reinaldo Pacífico, apontado como ex-noivo de Cristiana, é o responsável pelo homicídio.
”Na época que concluí o inquérito, apresentei como motivação o crime passional. Mas deixei claro que poderiam existir outros motivos para o crime. Pode ser que ela estivesse envolvida num grande esquema de desvios de verbas”, afirmou Para Santiago, outras pessoas podem ter ajudado Pacífico a matar a ex-noiva.
De acordo com o promotor, o juiz que acompanha o processo, Nelson Messias, deve dar nos próximos dias a sentença. Segundo ele, o ex-detetive aguarda o resultado do processo em liberdade.
Cristiana foi laranja em desvio de R$ 1 mi
Em entrevista concedida a O TEMPO em 28 de dezembro de 2002, o advogado de Cristiana Ferreira, Rui Caldas Pimenta, já considerava a possibilidade de a modelo ter sido morta como “queima de arquivo”.
Na ocasião, Pimenta revelou que ela seria laranja de uma grande esquema e que teria usado documentos falsos para se passar por uma viúva e receber parte de cerca de R$ 1 milhão que teriam sido desviados de uma das mais importantes secretarias do governo mineiro.
Nessa entrevista, segundo Pimenta, o esquema teria a participação de funcionários do extinto Banco do Estado de Minas Gerais – Bemge.
Pode ser só coincidência, mas em seu depoimento no último dia, Renilda Santiago de Souza – mulher do empresário Marcos Valério, apontado como um dos homens-chave do mensalão – admitiu que o casal já trabalhou nessa instituição financeira.
Ela no setor de treinamento, ele como escriturário, depois gerente, cargo do qual saiu para ser diretor do falido Banco Agrimisa.
Falsa identidade
Um ex-funcionário do Bemge, que não teve seu nome revelado por Pimenta na época, teria forjado documentos para que Cristiana assumisse uma identidade falsa, com a ajuda de um despachante, identificado apenas como César. Ela seria a “viúva” da pessoa que morreu antes de sacar o dinheiro.
“Era o dinheiro da conta de uma pessoa que teria recebido repasses do governo, mas morreu antes de sacar o dinheiro. Foi armado tudo para que ela se passasse pela viúva do homem que tinha direito àquilo. Alguém sacou esse dinheiro e o depositou em uma conta aqui, no Bemge de Belo Horizonte. Alguém sacou e não acertou com ela”, declarou.
Na ocasião, o advogado ressaltou acreditar ser de fundamental importância que o Ministério Público interrogasse esse despachante. “Se nós encontrarmos esse César, vamos encontrar o assassino”, afirmou.
Políticos
De acordo com Pimenta, um dos políticos que se relacionava com Cristiana a teria envolvido na fraude e estaria implicado no assassinato da modelo. Para o advogado, Cristiana teria sido executada depois de ter cobrado essa quantia que pretendia ganhar por participar do desvio de dinheiro público.
A modelo, conforme o advogado, já estava alugando uma casa, em frente ao flat onde foi morta, na avenida Álvares Cabral, na região Centro-Sul, onde pretendia abrir uma tapeçaria e uma boutique – provavelmente o dinheiro seria o capital inicial do negócio.
Pimenta também acredita que os políticos que teriam se relacionado com a modelo podem ter planejado o assassinato dela.
# escrito por Kodai : 8/05/2005 05:20:00 AM 0 comentários
Morte da modelo mineira
Ricardo Boechat, 30-07-2005
http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/colunas/boechat/2005/07/30/jorcolboe20050730002.html
Será?
Investigações que estão sendo feitas sobre a origem do mensalão podem esbarrar no assassinato da modelo mineira Cristiana Ferreira, ocorrido em agosto de 2000.
A família da jovem declarou ao Ministério Público que ela ia com freqüência a Brasília e a São Paulo.
Nessas viagens levava malas fechadas entregues sempre a pessoas que lhe diziam senhas específicas nos aeroportos.
Para dar mais suspense a essa história, vale sublinhar que o nome da agência DNA apareceu escrito mais de uma vez na agenda de Cristiana.
# escrito por Kodai : 8/05/2005 05:16:00 AM 0 comentários
Ainda a mega-sena
Do mesmo blog do vizinho do Jefferson, citado no post anterior..
Mega-sena
Chegou a informação do gabinete do senador Álvaro Dias, uma nota emitida dia 11 de abril sobre seu pronunciamento do dia anterior: (ctrl c, ctrl v)
O senador Álvaro Dias voltou a enfocar ontem da tribuna um tema que tem merecido a sua preocupação. Trata-se das denúncias de que grupos criminosos ligados ao narcotráfico e a outras atividades ilícitas estariam fraudando os concursos das Loterias da Caixa Econômica Federal (CEF).
O parlamentar, que já pedira explicações à Caixa quando um dos sorteios da Mega Sena premiara inúmeros apostadores de uma mesma região, anunciou que encaminhou novo Requerimento de Informações ao Ministério da Justiça visando esclarecer as denúncias de lavagem de dinheiro.
posted by Vizinho at 11:32 PM
# escrito por Kodai : 8/05/2005 05:13:00 AM 0 comentários
Seria verdade o spam? Mega sena sob suspeita?
http://vizinhodojefferson.blogger.com.br
Mega-sena 2 ctrl c, ctrl v
Segundo o senador, dados do Conselho de Atividades Financeiras do Ministério da Fazenda (COAF) e denúncias da Polícia Federal dão conta de que um mesmo grupo, supostamente ligado ao narcotráfico, tem lavado dinheiro por meio da Mega Sena. Há suspeitas de que, de 1999 até 2002, cerca de 9.095 prêmios foram pagos a um só grupo.
No ano passado, Álvaro pediu informações ao MF sobre as investigações do COAF e, no requerimento apresentado ontem, pede ao Ministério da Justiça informes sobre a atuação da Polícia Federal. Ele disse que milhões de brasileiros canalizam parte de suas economias para as Loterias da Caixa e, portanto, estas não podem ficar sob suspeição.
posted by Vizinho at 11:35 PM
# escrito por Kodai : 8/05/2005 05:10:00 AM 0 comentários
Saco Azul
Algum leitor de Portugal poderia me informar o que significa exatamente a expressão "Saco Azul" e o motivo da utilização da mesma, ou seja, como foi feita essa associação entre saco azul e escândalos?
Podem responder pelos comentários..
# escrito por Kodai : 8/05/2005 04:58:00 AM 0 comentários
Mais escândalos do PT em Londrina
http://www.bonde.com.br/folha/folhad.php?id=1907LINKCHMdt=20050805
Justiça quebra sigilo de ex-diretor da CMTU
Ex-assessora financeira da campanha do PT afirmou que na conta de Augusto Dias Júnior teriam passado doações para o caixa 2
O petista e um dos coordenadores da campanha de reeleição de Nedson Micheleti (PT), Augusto Ermétio Dias Júnior, teve o seu sigilo bancário quebrado pela Justiça Eleitoral. Augusto é um dos principais citados nos depoimentos da ex-assessora financeira da campanha, Soraya Garcia, que detonou no dia 27 de julho, uma série de denúncias de caixa 2 na campanha petista de 2004.
O pedido de quebra do sigilo foi feito quarta-feira pelo delegado da Polícia Federal (PF), Kandy Takahashi, que preside o inquérito. No mesmo dia também foram solicitados 22 mandados de busca e apreensão de documentos e notas fiscais de empresas que teriam prestado serviços à campanha petista. O juiz da 41 Zona Eleitoral, Jurandyr Reis Júnior, acatou todos os pedidos.
A solicitação da quebra do sigilo bancário de Augusto foi motivada pelas informações concedidas por Soraya, de que na conta corrente do ex-diretor administrativo-financeiro da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), teriam sido depositados três cheques, de R$ 10 mil cada, doados por uma empresa de Londrina para o caixa paralelo da campanha.
Augusto deve ser chamado a prestar esclarecimentos no inquérito policial na próxima semana. ''Estamos analisando os papéis (apreendidos nas empresas) e devemos tomar as oitivas na próxima semana'', resumiu Takahashi.
A reportagem tentou entrar em contato com Augusto, mas ele não atendeu ao telefone celular.
Desde as declarações do ex-delegado-chefe da PF, Sandro Roberto Viana dos Santos, feitas anteontem, de que o caixa 2 teria sido comprovado com os documentos apreendidos e os depoimentos de donos de postos de combustíveis, que afirmaram ter prestado serviços à campanha mas não constam na prestação de contas, o prefeito não se manifestou.
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, Nedson viajou quarta-feira para Brasília, e cumpriu ontem uma agenda que incluiu audiências no Ministério das Cidades e no Planejamento. O objetivo seria buscar a liberação de R$ 14,5 milhões em emendas parlamentares. Hoje o prefeito deve se reunir com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, para a liberação de R$ 6,5 milhões do projeto Habitar Brasil 2. Os recursos devem ser utilizados para a revitalização de fundos de vale. Nedson somente deve retornar à cidade amanhã.
Ontem, o presidente estadual do PT, André Vargas, disponibilizou os seus sigilos e de toda direção do partido em Londrina. ''Todos os nossos sigilos, assim que pedidos, estarão à disposição. Não tem necessidade da quebra.''
Cristiane Oya
Reportagem Local
# escrito por Kodai : 8/05/2005 04:35:00 AM 0 comentários
Tasso cobra de Lula responsabilidade por governo
http://www.gazetadoparana.com.br/pages/editorias/politica/mat2.php
Tasso cobra de Lula responsabilidade por governo
DA ASSESSORIA
Brasília - "Ao se mostrar sistematicamente alienado, desinformado e inconformado com o mar de lama que assola sua gestão, Lula não tem mais condições de ser o líder da população brasileira". Esta avaliação foi feita nesta quarta-feira pelo senador Tasso Jereissati (CE), para quem "o presidente não pode abrir mão de suas responsabilidades e de sua liderança. Ninguém pode ser presidente sem ser o responsável por tudo aquilo que acontece em sua administração", destacou Tasso. "Basta, presidente, de fingir que não tem nada com isso. Chega dessa enorme farsa", aconselhou.
"Não é mais possível", continuou Tasso, "dissociar toda a crise da figura do petista, apesar do respeito devido à história política do ex-metalúrgico". O tucano revelou que a oposição está chegando ao limite da paciência na tentativa de preservar o presidente. "Até quando, presidente, o senhor vai abusar da paciência da oposição e do povo brasileiro e vai fingir que acreditamos que Vossa Excelência não sabia de nada do que acontece no país?", indagou o ex-governador do Ceará.
"Esse homem que fala, todos os dias, ao povo, como se nada tivesse a ver com o governo dele, como se nada tivesse a ver com seus ministros, com o partido criado e fundado por ele, não é o presidente da República, não é líder, não é estadista", ressaltou. O senador exigiu, em nome do partido e do país, que o petista assuma suas responsabilidades como comandante da nação, "sob pena de não representar mais o povo que o elegeu".
Medo
"Se Lula foi eleito para mudar o país e não tem sequer condições de responder pelos atos de seus nomeados, por quem ele tem condições de responder?", questionou o tucano. O senador rechaçou a estratégia governista de tentar jogar a culpa da roubalheira na imprensa, na oposição, no parlamento e no povo. "É simplesmente um ato de covardia e irresponsabilidade", ponderou. Para Tasso, Lula está isolado e desconectado do mundo real. "Ele vive em outro mundo e queremos chamar Lula à realidade", disse.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), fez coro: "Lula mostra, com clareza, que é despreparado para a presidência com sua incompetência e indisposição para enfrentar a corrupção". Virgílio lembrou a declaração da atriz Regina Duarte, que disse durante a campanha de 2002 estar com medo. "O Brasil está com medo. Estou com medo do que pode acontecer", revelou o líder, que deu ainda um conselho a Lula. "Para que pensar em se reeleger se seu partido está acabando? Não vai ter bancada nem mensalão para comprar deputados. Lula pode se submeter a um vexame eleitoral amanhã, se é que tem amanhã para ele. Melhore, presidente", finalizou.
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# escrito por Kodai : 8/05/2005 04:30:00 AM 0 comentários
PT gaúcho admite que recebeu dinheiro de Marcos Valério
http://www.estadao.com.br/nacional/noticias/2005/ago/04/203.htm
PT gaúcho admite que recebeu dinheiro de Marcos Valério
A crise Fórum Leia mais
Porto Alegre - Depois de passar dois dias negando qualquer contato com as empresas de Marcos Valério de Souza, o PT gaúcho começou a admitir, nesta quinta-feira, que enviou emissários para buscar dinheiro em Belo Horizonte. O ex-secretário de finanças do partido, Marcelino Pies, quebrou o silêncio e contou que foi à capital mineira receber dois cheques de R$ 75 mil cada um em 2003.
Os recursos teriam sido usados para pagar as gráficas Impressul e Comunicação Impressa por despesas feitas pelo diretório nacional na campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002.
Pies disse que viajou por orientação do então tesoureiro nacional, Delúbio Soares, e que foi atendido por uma funcionária de uma agência de Marcos Valério, que não soube identificar. O ex-tesoureiro gaúcho foi apontado pelo empresário como o responsável por saques de R$ 1,2 milhão das contas da SMP&B.
Outros dois nomes de sacadores que poderiam receber dinheiro em nome de Pies também tiveram parte de suas histórias reveladas nesta quinta-feira. Apontado nas anotações da SMP&B apenas como Jorge, o advogado Jorge Luiz Garcia de Souza. Ele disse que trabalhou da defesa de Paulo Antônio Bassotto, ex-funcionário do diretório estadual e militante do partido em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, que foi detido em São Paulo, em junho de 2003, quando portava uma mala com mais de R$ 100 mil.
O dinheiro seria usado para pagamento de empresas que prestaram serviços à campanha do PT em 2002. Na ocasião, Bassotto foi ouvido pela Polícia Federal e liberado.
# escrito por Kodai : 8/05/2005 04:26:00 AM 0 comentários
Acordo na CPMI dos correios retarda investigação - OLHA A PIZZA AÍ GENTE !!!
http://www.jb.com.br/jb/papel/brasil/2005/08/04/jorbra20050804004.html
Acordo retarda investigação
Em sessão tumultuada, Delcidio Amaral negocia com líderes do PFL para adiar votação sobre os fundos de pensão
Daniel Pereira e Paulo de Tarso Lyra
BRASÍLIA - O presidente da CPI dos Correios, Delcidio Amaral (PT-MS), fechou ontem um acordo com líderes do PFL para adiar a votação da proposta de quebra de sigilo bancário de fundos de pensão ligados a empresas estatais. Em café da manhã que contou com a presença, entre outros, dos líderes da minoria e do PFL na Câmara, deputados José Carlos Aleluia (BA) e Rodrigo Maia (RJ), ficou decidido que, por hora, serão enviados apenas pedidos de informação à Comissão de Valores Mobiliários e à Secretária de Previdência Complementar.
Se as respostas não forem satisfatórias, a oposição avisou que pressionará pela votação dos requerimentos de quebra de sigilo dos fundos de pensão.
Além de evitar, ou ao menos adiar, que outro tema espinhoso ganhe fôlego dentro da CPI, a decisão agradou ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho. O homem forte da economia havia alertado Delcidio sobre a possibilidade de repercussão negativa no mercado devido à exposição de negócios realizados por investidores.
Os pefelistas concordaram com a trégua, mas refutam qualquer interpretação de recuo. De acordo com Aleluia, não interessa ao PFL tumultuar o mercado. O líder da minoria declarou que, se as informações demorarem a chegar à CPI, será inevitável o pedido de quebra de sigilo bancário dos fundos de pensão.
O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) considera terrorismo econômico afirmar que a quebra dos sigilos dos fundos de pensão causaria transtornos no mercado. Para Fruet, é fundamental investigar as razões que levaram os principais fundos de pensão do país a investir nos bancos BMG e Rural.
Ex-diretor do Banco do Brasil e ex-presidente do Conselho Administrativo da Previ, Henrique Pizzolato declarou que o fundo toma decisões sem consultar o conselho, atendendo a direitos políticos. Nesta semana, a CPI dos Correios aprovou a convocação de Pizzolato, mas o depoimento não foi marcada. Uma dezena de fundos de pensão está ameaçada de quebra de sigilo bancário. Além da Previ, figuram na lista Petros (dos funcionários da Petrobras) e Funcef (dos funcionários da Caixa Econômica Federal).
Nessa mesma sessão, marcada para votar requerimentos de consenso e ouvir o depoimento do policial David Rodrigues Alves, responsável por saques de recursos das contas de Marcos Valério, os integrantes da CPI travaram ainda uma das maiores discussões políticas desde que foram iniciados os trabalhos. Uma declaração da deputada Denise Frossard (PPS-RJ) de que haveria um acordo entre PSDB, PFL e PT para abafar as investigações gerou uma sucessão de embates políticos.
A deputada criticava o depoimento de David Rodrigues, a quem chamou de ''carregador de malas'', e a proposta de que uma sindicância fosse a Portugal investigar a viagem de Valério e do ex-tesoureiro do PTB Emerson Palmieri para supostamente negociar recursos para dívidas de campanha.
- O cheiro de pizza está fedendo na sociedade porque há um grande acordo entre PT, PSDB e PFL - afirmou.
O presidente da CPI criticou a declaração da deputada.
- Rejeito essas declarações. Não há acordão. Essa não é uma CPI chapa branca.
Parlamentares do PFL e PSDB criticaram a conduta da deputada. Depois da seqüência de discursos em tom elevado, Denise disse que, ouvidos os argumentos do presidente da CPI e de deputados do PFL e PSDB, estava ''mais tranqüila'' de que um acordo não seria fechado.
Mas a confusão continuou. A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) criticou a conduta dos oposicionistas de convocarem a sócia de Duda Mendonça, publicitário responsável pela campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para depor para à comissão sobre os R$ 15,5 milhões que teria recebido da SMPB e não chamar outras empresas de publicidade que trabalharam com candidatos do PSDB e PFL.
- A campanha do Serra não contabilizou a dívida total das despesas de campanha com essas empresas. Se a sócia do Duda Mendonça vai vir aqui, têm de vir também publicitários e tesoureiros de outras campanhas - acusou.
Com Folhapress
# escrito por Kodai : 8/05/2005 03:42:00 AM 0 comentários
Denise Frossard diz que há acordo para CPI dos Correios terminar em pizza
http://oglobo.globo.com/online/plantao/169329201.asp04/08/2005 - 13h15m
Denise Frossard diz que há acordo para CPI dos Correios terminar em pizza
Evandro Éboli - O Globo
BRASÍLIA - A deputada juíza Denise Frossard (PPS-RJ) e o presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), bateram boca no início da sessão que vai ouvir o depoimento do policial civil David Rodrigues Alves, principal sacador para o publicitário Duda Mendonça.
Denise Frossard criticou a convocação do policial, afirmando que ele é "apenas um carregador de malas" e que a CPI está perdendo o foco e pode acabar não dando em nada. A deputada afirmou ainda que estaria sendo articulado um grande acordo entre PT, PSDB e PFL para abafar as investigações, irritando também os parlamentares desses partidos.
- Eu não vou ficar para ouvir um carregador de malas. Há um cheiro de pizza fedendo pela sociedade porque há um grande acordo entre PT e PSDB e PFL - afirmou Frossard.
Delcídio reagiu irritado às palavras da deputada, descartando qualquer possibilidade de acordo para frear as investigações e afirmou que a CPI pode ser a redenção do Congresso, cuja imagem está seriamente abalada, segundo ele.
- É preciso reagir com absoluta indignação e não há acordo algum, não fui procurado para fazer acordo, não é CPI chapa branca, se tem uma instituição com a imagem arranhada é o Congresso Nacional. A CPI pode ser a redenção do Congresso e dos partidos que estão sendo investigados. Depois da CPI, irá nascer um Brasil mais fraterno e mais solidário - afirmou.
# escrito por Kodai : 8/05/2005 02:56:00 AM 0 comentários
Valdemar Costa Neto, o "galo mutuca"
http://odia.ig.com.br/odia/brasil/br050809.htm
'Bastou dizer que recebeu R$ 10,8 milhões para correr'
As desavenças entre o deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto – que renunciou ao mandato após ter o nome envolvido nas denúncias do suposto mensalão –, foram parar numa rinha. Durante depoimento à CPI do Mensalão, o petebista comparou seu desafeto a um “galo de briga mutuca”. A ave é usada em rinhas para atiçar as estrelas da disputa. Medroso, o mutuca provoca os galos e sai correndo, sem enfrentá-los. Nunca vence as brigas e não preza pela inteligência.
Entre uma bicada e outra em Valdemar, Jefferson aproveitou a rinha para relacionar o deputado, o mensalão e o PT ao publicitário Duda Mendonça, que comandou a campanha vitoriosa do presidente Lula ao Palácio do Planalto. Duda chegou a ser detido em uma rinha de galo no Rio, ano passado.
“O Duda gosta muito de briga de galo e o Valdemar na briga pode ser chamado de galo mutuca. Bastou a Simone (Vasconcelos, diretora-financeira da SMP&B ) dizer que recebeu R$ 10,8 milhões para ele colocar 10 mil no veado e correr”, disse, em referência ao jogo do bicho.
# escrito por Kodai : 8/05/2005 02:50:00 AM 0 comentários
Valério: 'Tô louco para voltar à CPI. Tenho muito a falar'
http://odia.ig.com.br/odia/brasil/br050804.htm
Valério: 'Tô louco para voltar à CPI. Tenho muito a falar'
Em entrevista exibida ontem pelo Jornal Nacional, o empresário Marcos Valério disse “estar louco para voltar à CPI” porque tem muito mais o que falar”. “Mais do que eu já disse. Eu tenho muito mais para explicar ao povo. Lógico que eu tenho”, disse o publicitário, que em seu primeiro depoimento à CPI dos Correios negou todas as acusações de esquema de pagamento de mesada a parlamentares e de caixa 2 para financiamento de campanhas eleitorais do PT e dos partidos da base aliada, feitas pelo deputado Roberto Jefferson.
Valério confirmou ter participado de reunião na Portugal Telecom, mas apenas com vistas a manter a conta da Telemig Celular, caso ela fosse negociada com o grupo português. “Eu não me apresentei como representante de ninguém. Era simplesmente um empresário de comunicação que estava a fim de manter a conta da empresa dentro da minha agenda”, disse Valério.
# escrito por Kodai : 8/05/2005 02:46:00 AM 0 comentários
Policial mineiro afirma à CPI dos Correios que era um "carregador" de dinheiro
http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/odia/2070501-2071000/2070546/2070546_1.xml
Policial mineiro afirma à CPI dos Correios que era um "carregador" de dinheiro
Agência Brasil
20:28 04/08
BRASÍLIA – O policial civil de Minas Gerais David Rodrigues Alves disse hoje à CPI dos Correios que foi contratado pelo presidente da agência de publicidade SMP&B, Cristiano Paz, para ser um "carregador" do dinheiro sacado das agências do Banco Rural em Belo Horizonte. Segundo o policial mineiro, cada operação realizada rendia a ele entre R$ 50 e R$ 100.
Leia abaixo o texto
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David Rodrigues Alves contou também que, nos últimos dois anos, entregava o dinheiro sacado para três pessoas: Cristiano Paz, a gerente financeira da SMP&B Simone Vasconcelos e a funcionária Geiza Dias, que também trabalha na área de finanças da empresa. E que as operações de saques no Banco Rural eram sempre "pré-estabelecidas".
"Eu pegava o dinheiro no porão do banco com o tesoureiro", disse. O policial civil acrescentou que, numa única "viagem", chegou a transportar R$ 150 mil. Ele disse que não conferia os valores "nota por nota", mas apenas os maços que o entregavam. Na maior parte das vezes, ele conta que as notas de R$ 100 eram dispostas em caixas de sapatos.
Num mesmo dia, ele disse ter transportado R$250 mil para a SMP&B – valor obtido por meio de dois saques. O policial afirmou que desconhecia que o empresário Marcos Valério de Souza fosse sócio da SMP&B. "Nunca tive contato com Marcos Valério", acrescentou.
O empresário é apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como o operador do pagamento de mesada a deputados.
David Rodrigues Alves negou conhecer a sócia do publicitário Duda Mendonça, Zilmar Fernandes da Silveira, indicada por Marcos Valério como a destinatária dos recursos sacados pelo policial civil. "Esse é um esquema que envolve peixe grande. Não fui inocente, recebi a minha gratificação. Mas eles não iriam comentar detalhes comigo", afirmou Rodrigues Alves.
O policial relatou ter conhecido Cristiano Paz em 2003 por meio do doleiro Haroldo Bicalho. "O Cristiano disse que estava fazendo operações bancárias que precisavam de dinheiro vivo e perguntou se eu estava disposto a fazer o serviço", disse. Rodrigues Alves contou ainda que, quando ia sacar os recursos no Banco Rural, apresentava a carteira de policial civil. Ele disse que entrava armado na agência do banco.
# escrito por Kodai : 8/05/2005 02:30:00 AM 0 comentários
Câmara recebe dois pedidos de impeachment de Lula
http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/odia/2070001-2070500/2070382/2070382_1.xml
Câmara recebe dois pedidos de impeachment de Lula
18:19 04/08
Da Redação do DIA para o iG
O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, afirmou há pouco que a assessoria jurídica da Presidência vai analisar os dois primeiros pedidos de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Dentro de poucos dias, já terei uma posição", comentou. "Não farei nada de forma precipitada."
Leia abaixo o texto
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Os pedidos foram mandados por dois advogados: o baiano Gildson Gomes dos Santos, de Ribeira do Pombal, e o paulista Aylton Ferraz Freitas, do Guarujá. Eles foram entregues ontem à noite.
Com base no parecer da assessoria, o presidente da Câmara decidirá se os pedidos serão arquivados ou têm base legal para tramitar. Caso sejam aceitos, será formada comissão especial para análise do tema.
Com informações da Agência Câmara
# escrito por Kodai : 8/05/2005 02:25:00 AM 0 comentários
Portugal Telecom: agenda entrega Dirceu
http://odia.ig.com.br/odia/brasil/br040803.htm
Portugal Telecom: agenda entrega Dirceu
Um dia depois de o deputado José Dirceu ter negado à Comissão de Ética qualquer relação com a empresa Portugal Telecom, integrantes da CPI confirmaram encontro do ex-ministro, acompanhado do publicitário Marcos Valério, com o presidente do Banco do Espírito Santo, acionista da empresa portuguesa. A reunião consta da agenda do ex-ministro, que está em poder da Comissão.
De acordo com jornal português Expresso, de Lisboa, em 16 de julho, o ex-ministro de Obras Públicas de Portugal Antonio Mexia recebeu em janeiro o empresário Marcos Valério como consultor do presidente do Brasil. O encontro foi a pedido de Miguel Horta e Costa, presidente do grupo Portugal Telecom. Mexia afirmou na entrevista estar disposto a depor na CPI dos Correios.
A informação foi revelada ontem na CPI pelo deputado Antonio Carlos Panunzzio (PSDB-SP). Através de nota, porém, o Palácio do Planalto negou que Valério tenha atuado como emissário do Governo brasileiro. A Presidência da República disse que a representação do Governo no exterior “se dá exclusivamente pela indicação formal, com endosso oficial, o que nunca ocorreu”.
A denúncia repercutiu forte na CPI. Deputados de oposição tentarão hoje quebrar o sigilo das aplicações feitas no Banco Espírito Santo, de Portugal, pelos fundos de pensão das estatais.
# escrito por Kodai : 8/05/2005 02:22:00 AM 0 comentários
Marcos Valério afirma que entrará na Justiça contra o PT
http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/us_urgente/2070001-2070500/2070482/2070482_1.xml
Marcos Valério afirma que entrará na Justiça contra o PT
19:20 04/08
Da Redação (editorultimosegundo@ig.com.br)
SÃO PAULO - O publicitário Marcos Valério, em entrevista exclusiva à Rádio CBN, afirmou que irá entrar na Justiça contra o PT para cobrar os empréstimos feitos por ele e repassados ao partido. Valério disse ainda que sua vida foi devastada e que não é o único responsável pelo pagamento dos empréstimos feitos junto ao Banco Rural e o BMG. As informações são da Rádio CBN.
Leia abaixo o texto
Entenda a crise política
Saques de Valério eram contabilizados como empréstimos ao PT, diz diretora da SMPB
Marcos Valério disse também que viajou apenas 3 vezes para Portugal e em todas elas estava acompanhado. Questionado sobre o motivo das viagens e a identidade dos acompanhantes, Valério afirmou que esses dados serão revelados em momento oportuno.
# escrito por Kodai : 8/05/2005 02:19:00 AM 0 comentários
Delúbio Soares foi avalista de Marcos Valério
http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/us_urgente/2069001-2069500/2069355/2069355_1.xmlSexta-feira, 05 de agosto de 2005
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Documento mostra que Delúbio foi avalista de Valério
07:17 04/08
Ainda como tesoureiro do PT, Delúbio Soares assumiu em julho de 2004, em documento de 9 linhas, 'compromisso irrevogável de garantir, como avalista e devedor solidário", todas as operações de empréstimo de Marcos Valério - suposto operador do mensalão- e com o partido. As informações são do Estado de São Paulo.
Leia abaixo o texto
Cópia do documento foi entregue ao procurador-geral.
O fato é tido como revelador porque mostra que o partido também ajudou Valério - e isso altera a versão construída por Delúbio desde que as relações do partido com Valério se tornaram públicas.
# escrito por Kodai : 8/05/2005 02:13:00 AM 0 comentários
Depoimento de Roberto Jefferson, na CPI do mensalão, em 04/08/2005 - dados do site último segundo
http://ultimosegundo.ig.com.br/veja_agora/index.htmlem 05/08/2005
Fim do tempo real
04/08/2005 18:58:28
A partir de agora, continue acompanhando as notícias da CPI Mista do Mensalão no Último Segundo e no Blig do Noblat.
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'A investigação vai clarear'
04/08/2005 18:43:16
A palavra volta a Araujo e este diz que está convicto de que o PL usou os recursos repassados pelo Partido dos Trabalhadores da mesma maneira que o PTB - em gastos com campanhas eleitorais. Jefferson discorda. Para ele, trata-se de mensalão. "A investigação vai clarear", afirma
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Alguém está mentindo
04/08/2005 18:39:18
De tudo o que Araujo disse, Jefferson comenta o fato de Marcos Valério e Simone Vasconcelos alegarem que deram somente R$ 2 milhões ao PTB. "A conta não fecha", diz. O deputado assume ter recebido R$ 4 milhões - o dobro - por meio de caixa 2.
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04/08/2005 18:35:57
Araujo, mais de dez minutos após o início de sua fala, ainda não fez nenhuma pergunta. O raciocício não fecha.
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Voz de Costa Neto
04/08/2005 18:26:42
O deputado José Carlos Araujo (PL-BA) tem a palavra.
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O sinal dos mercados
04/08/2005 18:20:29
O dólar comercial registrou a oitava queda consecutiva e fechou a R$ 2,305. Já a Bolsa de Valores de São Paulo fechou em baixa de 0,91% por cento, a 26.470 pontos, marcando uma quebra mais nítida no ciclo de alta iniciado na terça-feira da semana passada.
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Estatais e fundos de pensão
04/08/2005 18:19:54
O deputado Moroni Torgan (PFL-CE) questiona Jefferson sobre a participação dos fundos de pensão e do Banco Santos no desvio de recursos para o suposto "mensalão". O ex-presidente do PTB não dá o caminho das pedras, mas sinaliza estar certo de que há informações valiosas no banco e nas estatais.
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04/08/2005 18:11:27
O deputado mantém a estratégia de poupar o presidente e diz que é cobrado por todos para que não o faça. Segundo ele, familiares, eleitores e cidadãos o pressionam para que fale o que sabe sobre o envolvimento de Lula. No entanto, mantem-se firme em dizer que acredita na inocência do presidente.
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Repertório variado
04/08/2005 17:57:23
Jefferson descredenciou o blog onde foi veiculada a matéria e Suplicy disse que não sabe se a informação está correta, mas que a apresentou de boa fé e que espera que a imprensa possa confirmá-la. Jefferson, como em boa parte do contato com o senador, respondeu com indiferença e falou de viagens, filmes e peixes.
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04/08/2005 17:48:10
Jefferson abre o coração e relembra os tempos em que Suplicy o atacava como corrupto, no auge da crise do governo Collor. "Eu sempre desconfiei de homens que sentem donos da moral", disse. O deputado não consegue disfarçar o rancor por Suplicy.
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Sessão é retomada
04/08/2005 17:35:21
A sessão é retomada e Suplicy diz que tem procurado ser o mais respeitoso possível nas perguntas. O documento, pelo que diz o senador, diz respeito a uma matéria segundo a qual Jefferson e Marinho teriam sido vistos jutos em um restaurante. Na matéria, falou Suplicy, havia a informação de que ambos pareciam ser muito íntimos.
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Jefferson sai do sério pela 1ª vez
04/08/2005 17:26:52
Jefferson foi severamente advertido pelo relator da CPI Mista do Mensalão por rasgar um documento encaminhado à mesa pelo senador Eduardo Suplicy. Como o deputado se recusou a responder às perguntas seguintes de Suplicy, o relator suspendeu a sessão temporariamente.
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04/08/2005 17:21:11
Fala o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). A primeira pergunta é sobre a amizade entre Jefferson e o ex-diretor dos Correios, Maurício Marinho. Segundo o deputado do PTB, ele mal conhecia Marinho, tendo se encontrado com ele poucas vezes.
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Grande homem e péssimo político
04/08/2005 17:14:55
A palavra segue com Wellington Salgado (PMDB-MG), segundo o qual, se o ex-presidente do PTB continuar com a mesma estratégia, será visto no futuro como um grande homem e um péssimo político.
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04/08/2005 17:12:53
Salgado diz que não concorda com Jefferson quando este diz que os presidentes da Câmara e do Senado, Severino Cavalcanti e Renan Calheiros, respectivamente, são "frouxos". Para o deputado mineiro, ambos estão trabalhando para que a crise não se agrave e paralise as instituições. Salgado disse, ainda, que não acredita na existência do "mensalão".
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04/08/2005 17:08:16
O deputado Wellington Salgado (PMDB-MG), após elogios rasgados a Roberto Jefferson, especula como a dívida do PT será paga ao empresário Marcos Valério. "Ele vai fazer papel de otário", especula.
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Jefferson continua firme
04/08/2005 17:02:02
A sessão está de volta e Jefferson continua à vontade, respondendo com desenvoltura todas as perguntas dos parlamentares. Embora o depoimento já chegue a sete horas, a oratória do deputado continua firme e ele não mostra cansaço. Não trouxe, no entanto, nenhuma grande novidades, a não ser a informação de que Delúbio Soares, Marcos Valério e Eduardo Tolentino viajavam frequentemente a Portugal.
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Pausa na CPI
04/08/2005 16:33:29
A sessão da CPI Mista do Mensalão é suspensa.
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04/08/2005 16:24:39
O deputado Agnaldo Muniz (PP-RO), pede mais foco à CPI, defende o seu partido da acusação de crescimento fantástico e roga por reforma política. Lembrando: o PP é um dos partidos que, segundo Jefferson, foram beneficiários do "mensalão".
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04/08/2005 16:08:21
De acordo com Ana Lúcia, o filho de Jefferson acumulou atividades na prefeitura de Belém do Pará e na Assembléia Legislativa do Estado, tendo sido exonerado de um deles somente em março deste ano. "Quem cobra deve dar exemplo", disse a deputada.
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04/08/2005 15:57:34
A senadora diz que na entrevista a Folha o deputado afirma que distribuiu os R$ 4 milhões do PT entre parlamentares do PTB e que, em depoimento à Comissão de Ética, falou outra coisa - que guardou o valor no cofre. "Em que devemos acreditar?", pergunta Ana Lúcia. O deputado diz que não apresentou versões diferentes e que realmente distribuiu os recursos.
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04/08/2005 15:52:05
Senadora Ana Lúcia Carepa (PT-PA) pergunta se Jefferson confirma a entrevista dada a Folha de São Paulo no dia 12 de julho. Jefferson confirma.
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04/08/2005 15:49:48
Acaba de chegar à sessão uma carta do Banco do Brasil dizendo que não se pode afirmar que movimentações ilegais ocorreram por intermédio do banco, já que este realiza operações para diversas instituições financeiras, com o aval do Banco Central.
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Sem testemunhas
04/08/2005 15:27:10
Nos contatos "não-republicanos" com Dirceu, Jefferson disse que sempre tinha que ir sozinho. Como prova, ele cita sua agenda, onde estaria registrado em diversas datas que não deveria levar mais ninguém nas reuniões com o então ministro.
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Conversas não-republicanas
04/08/2005 15:24:00
Muitas das "conversas não-republicanas" que Roberto Jefferson disse ter mantido com o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, contavam com a presença do ex-presidente do PT, José Genoino, e do ex-tesoureiro Delúbio Soares.
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04/08/2005 15:20:30
Para o deputado José Jorge (PFL-PE), Jefferson afirmou que Marcos Valério não trabalhava só com dinheiro do mercado de publicidade, mas com todo tipo de negócio. Ele também intermedia operações de empresas de telecomunicações, de aviação de outros setores, diz.
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04/08/2005 15:04:27
Os integrantes da CPI votam a quebra de sigilo bancário de Cristiano Paz, sócio de Marcos Valério nas agências DNA e SMPB.
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Cheques em branco
04/08/2005 14:46:23
Em resposta ao deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Roberto Jefferson afirmou que daria um cheque em branco ao presidente, o qual considera inocente. "E ao ministro José Dirceu?", perguntou Faria de Sá. "Para esse não dá", devolveu Jefferson entre gargalhadas.
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'Este processo depura a democracia'
04/08/2005 14:43:51
"As instituições estão tão sólidas que, duas crises depois do retorno da democracia, as instituições saem decantadas e sólidas desse processo", afirma o deputado.
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04/08/2005 14:39:32
Nas palavras de Jefferson, a relação de Valério com o governo é "intestinal".
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Onde está o Banco do Brasil?
04/08/2005 14:35:31
40% do dinheiro entregue a Jefferson tinha selo do Banco Rural. O restante, era do Banco do Brasil. Partindo dessa informação prestada por Jefferson, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) pergunta por que não surgiram até agora dados sobre saques no BB. Na avaliação do ex-presidente do PTB, cabe a Valério e ao Coaf fornecer dados sobre essas movimentações.
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04/08/2005 14:26:00
Devanir Ribeiro (PT-SP) pergunta o que aconteceria se o acordo com a Portugal Telecom tivesse dado certo e o PTB tivesse levado algum recurso. Jefferson diz que, se isso tivesse ocorrido, as tensões seriam dissipadas e superadas.
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04/08/2005 14:18:35
Jefferson disse que, ao conversar com Genoino sobre verbas de campanha, o petista disse que "foi a menor pedida" entre os partidos
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04/08/2005 14:17:43
Devanir Ribeiro (PT-SP) tem início de discussão com parlamentares tucanos por citar processos sobre repasse de verbas entre partidos de membros do PSDB. Ele diz que a prática é antiga, como o próprio Jefferson disse em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura
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04/08/2005 14:14:28
Jefferson responde que Lula já disse isso ao País. Ele cita a demissão de Dirceu e o fato de o presidente evitar falar com Genoino
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04/08/2005 14:13:24
João Correia pergunta se Lula não deveria abandonar "a política do avestruz" e ir à TV mostrar que não teve nada com o escândalo
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04/08/2005 14:12:28
Jefferson diz que desconhece a negociação
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04/08/2005 14:12:16
João Correia pergunta sobre a viagem do tesoureiro do PTB e Valério ao exterior. Ele questiona qual contrapartida poderia ser oferecida à empresa (Portugal Telecom)
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04/08/2005 14:11:18
Jefferson diz que Lula é meio parecido com ele, porque não abandona os amigos. O deputado afirma que o presidente pode ter errado sem saber, por isso acredita em sua inocência.
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Essa mídia...
04/08/2005 14:08:44
Na avaliação de Jefferson, a mídia é uma das grandes responsáveis indiretas pela existência do caixa 2 das campanhas, pois, segundo ele, as empresas temem a superexposição que ocorre quando os governos passam por dificuldades. Se não houvesse isso, avalia, as companhias não teriam problemas em doar recursos oficialmente.
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Com a Dilma, não!
04/08/2005 14:02:30
"Tente fazer uma dessas conversas com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) para ver o que acontece", disse Jefferson ao deputado João Correia (PMDB-AC). Para ele, jamais a ministra trataria com qualquer partido que fosse sobre o financiamento de campanhas para partidos da base aliada.
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04/08/2005 13:56:28
Na opinião de Jefferson, o ex-chefe da Casa Civil luta para defender uma biografia e a sua história de luta. Não o faz, portanto, para blindar o presidente Lula, afastando-o dos episódios de corrupção que estão sendo investigados, como sugere nas perguntas a deputada paulista Zulaiê Cobra (PSDB). Os dois concordam, porém, que a arrogância seja uma característica marcante da personalidade de Dirceu.
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Sinal verde nos mercados
04/08/2005 13:46:53
Nos mercados ainda não há nenhum sinal de contaminação pela crise política. Às 13h40, a Bolsa de Valores de São Paulo operava com leve queda de 0,03%, aos 26.705 pontos. O dólar comercial, que hoje já caiu abaixo dos R$ 2,30, é cotado a R$ 2,303 com baixa de 0,75%.
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04/08/2005 13:25:57
Jefferson se corrige e diz ao deputado Julio Redecker (PSDB - RS) que Valério, Delúbio e Tolentino viajavam com frequência a Portugal, mas não semanalmente como havia dito no início do depoimento. O tesoureiro informal do PTB, Emerson Palmieri, teria ido somente uma vez a Portugal.
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04/08/2005 13:15:21
A respeito zebra que elegeu Severino Cavalcanti para a presidência da Câmara, Jefferson afirma que havia grande insatisfação da base aliada com a suspensão do "mensalão". "A fonte havia secado", diz Jefferson.
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04/08/2005 13:11:28
"Eu não sei como o Banco Rural ainda não sofreu intervenção do Banco Central porque esse é um banco imoral", afirma Roberto Jefferson sobre as operações de distribuição de dinheiro por intermédio do banco.
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04/08/2005 13:05:08
Deputado Fernando Coruja (PPS-SC) toma a palavra.
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04/08/2005 13:03:43
CPI volta do intervalo
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CPI faz intervalo
04/08/2005 12:41:37
O presidente da CPI Mista do Mensalão, Amir Lando, acaba de suspender a sessão.
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04/08/2005 12:37:10
"Emerson Palmieri [tesoureiro do PTB] é homem de minha total confiança", acaba de afirmar Roberto Jefferon ao deputado Daniel Almeida (PC do B-BA). Segundo Jefferson, em nenhum momento o dinheiro repassado ao PTB passou pelo Banco Rural ou teve qualquer semelhança com o recurso supostamente destinado ao pagamento de deputados da base aliada.
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Delírio das moças de Belém do Pará
04/08/2005 12:16:53
O deputado Wladimir Costa (PMDB-PA) seria o segundo a perguntar, mas optou por estirar o tapete para Roberto Jefferson falar sobre os vários problemas do País. A partir daí, foi um sem-número de elogios. Jefferson se referiu a Costa como um "excelente orador capaz de arrebatar as massas" e o "delírio das moças de Belém do Pará". O presidente da CPI pediu foco e Costa se defendeu. Não quer haja patrulhamento de sua fala. E o tapete volta à cena.
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Loucos pela terrinha
04/08/2005 11:59:50
O ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, o empresário Marcos Valério e seu sócio Rogério Tolentino viajavam com frequência a Portugal, afirma Jefferson. De acordo com o deputado, pelo menos um deles ia a Portugal uma vez por semana. Ele diz não ter provas, mas que os parlamentares poderão checar e confirmar essa informação. Esta é a primeira novidade dita por Jefferson à CPI Mista do Mensalão.
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Gushiken está na roda, diz Jefferson
04/08/2005 11:50:22
O deputado José Rocha (PFL-BA) questiona Jefferson sobre a sua afirmação, na última terça-feira, de que José Dirceu não estava sozinho no esquema de corrupção. "Eu estava falando do núcleo duro do governo e, principalemnte, do [então ministro da Secom, Luiz] Gushiken". Ele afirma, porém, que não se referiu em nenhum momento ao presidente. Se houve tal interpretação, disse, foi um engano.
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04/08/2005 11:44:09
Respondendo a Baltazar, Jefferson afirma que o aumento da bacada do PTB nos últimos anos não tem nenhuma relação com o suposto "mensalão". A prova disso, disse, seria o fato de que muitos dos recém-chegados ao partido não votam com o governo.
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04/08/2005 11:33:11
A confusão toma conta da sessão após Jefferson afirmar que encara com surpresa os parlamentares que dizem nunca ter ouvido falar do "mensalão. "Quem não ouviu falar está temeroso ou...", diz, insinuando que os desinformados são, na verdade, recebedores. Os parlamentares presentes se revoltam e pedem a palavra, mas o presidente da CPI Mista do Mensalão, Amir Lando, nega e dá sequência aos trabalhos.
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04/08/2005 11:28:58
Jefferson nega que o dinheiro repassado ao PTB fosse "mensalão". Era dinheiro para pagamento de despesas de campanha, reafirma.
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O joio e o trigo
04/08/2005 11:22:40
Paulo Baltazar pergunta qual a justificativa para acreditar que os R$ 4 milhões repassados do PT ao PTB também não era mensalão, mas sim dinheiro para pagamento de gastos com campanha eleitoral - embora a movimentação dos recursos tenha ocorrido na mesma época dos demais. "Por que temos que estar convencidos que o seu argumento é verdadeiro e que o PTB não recebeu?"
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04/08/2005 11:15:47
O deputado Paulo Baltazar (PSB-RJ) pede a criação de uma comissão com poderes de viajar à Portual para buscar informações sobre as últimas denúncias trazidas por Jefferson.
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04/08/2005 11:11:04
Jefferson diz que jamais imaginou que o montante dos desvios chegasse a R$ 2 bilhões, como revela o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Na sua avaliação inicial, os repasses totalizavam no máximo R$ 60 milhões, o que ele teria comentado com o ministro Ciro Gomes (Integração Nacional).
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171 de Valério
04/08/2005 11:07:33
Jefferson rememora conversa com José Dirceu sobre encontro com Valério: "Zé, recebi aqui o carequinha e achei um 171 danado".
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Até quando?
04/08/2005 11:01:17
Os mercados ainda encaram a cena política com reserva. Por enquanto, a Bolsa de Valores de São Paulo registra queda de 0,37%, aos 26.614 pontos. A moeda norte-americana segue o movimento dos últimos dias e cai 0,24%, cotada a R$ 2,315.
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04/08/2005 10:56:05
"A reação do presidente foi a de um homem traído. Foi a reação de uma pessoa que recebeu uma notícia de surpresa", diz Jefferson, repetindo que Lula desconhecia em absoluto o suposto "mensalão".
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Neologista, não!
04/08/2005 10:51:27
A respeito do surgimento da palavra "mensalão", Roberto Jefferson garante que não foi o primeiro a usar o termo. "Mensalão" seria a forma usada por vários parlamentares da Casa para se referir ao suposto recurso para pagamento de deputados.
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Amigo que é amigo divide o dindim
04/08/2005 10:45:56
Perguntado se não estranhava os repasses milionários do PT ao seu partino, Jefferson alega que recebeu o dinheiro com tranquilidade, pois, na sua opinião, sabidamente o PT tinha muitos recursos e fazia a campanha mais cara já feita no Brasil. Podia, assim, distribuir caraminguás para quem quisesse.
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04/08/2005 10:40:54
Jefferson diz que os deputados do PP Pendro Henry (MT) e José Janene (PR) tentavam insistentemenre aliciar parlamentares do PTB para mudarem de partido. Ao ponto, disse ele, de ter que mandar um emissário avisá-los de que, se prosseguissem, ele botaria a boca no trombone.
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04/08/2005 10:34:28
As mulheres presentes à sessão protestam dizendo que as mulheres foram ofendidas (leia abaixo). Jefferson se desculpa e diz que não pretende quebrar o decoro parlamentar. "Peço desculpa às deputadas do PT que se sentiram ofendidas com uma cena que relatei". E as outras?
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De mulheres de calcinha e ética
04/08/2005 10:31:16
"É como dizer que eu sou macho. Eu não coloco uma mulher de calcinha no palanque. Eu não preciso disso para mostrar que sou macho" - essa é a paródia do deputado paa mostrar como alguém que possui ética e moral não precisa dizê-lo.
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04/08/2005 10:28:05
"O útero, a matriz da corrupção, não está aqui, está do outro lado da rua", diz Jefferson, referindo-se ao Palácio do Planalto. Ironizando, disse que Marcos Valério, "mesmo sendo o novo embaixador do Brasil, Marcos Valério, o carequinha, não tem a chave do dinheiro público do Brasil".
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04/08/2005 10:23:27
O deputado se defende e diz que não procurou o ex-deputado Valdemar Costa Neto, que renunciou ao mandato na última segunda-feira para não ser cassado, propondo um acordo para ambos fossem poupados no Congresso Nacional.
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04/08/2005 10:20:33
"Reitero e ratifico e confirmo todos os depoimentos anteriores prestados a imprensa e ao Congresso Nacional", diz Jefferson na aberetura de seu depoimento. O deputado afirma, porém, que não tem novidades para apresentar à CPI Mista do Mensalão.
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04/08/2005 10:18:46
Na última terça-feira, durante o depoimento de José Dirceu no Conselho de Ética, Jefferson prosseguiu com sua estratégia de trazer novas denúncias calculadamente e trouxe uma nova bomba. Segundo ele, o empresário Marcos Valério se apresentou a executivos da Portugal Telecom como representante do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
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04/08/2005 10:12:27
Roberto Jefferson acaba de se apresentar à mesa e cumprimenta os parlamentares. Parece tranquilo e acena sorridente para várias pessoas.
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CPI Mista do Mensalão abre com depoimento de Jefferson
04/08/2005 10:05:48
Começou a sessão que trará o primeiro depoimento da CPI Mista do Mensalão. O depoente é o presidente licenciado do PTB e deputado federal Roberto Jefferson (RJ). Neste momento, os parlamentares discutem regras para os depoimentos.
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03/08/2005 19:34:33
A CPI adiou para amanhã, a partir das 12h, o depoimento do policial civil Davi Rodrigues Alves, responsável por saques de R$ 4,9 milhões das contas de Valério em uma agência do Banco Rural em Belo Horizonte.
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03/08/2005 19:26:54
Simone nega ter confidenciado a Fernanda Karina que estava cansada de tanto contar dinheiro e carregar malas. "Sou pessoa muito discreta", diz. Ela afirma que jamais faria uma confidência dessa à secretária. Ela garante, inclusive, que nunca contou dinheiro. Ela respondeu com ironia o questionamento de Pompeu de Matos (PDT-RS). "Nunca carreguei mala de dinheiro. Na minha mala só carrego roupas. E ela tem rodinha, não fico cansada não", disse. Segundo Simone, nas vezes que teve que transportar volumes maiores solicitou sempre o auxílio de um carro forte.
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03/08/2005 19:10:34
Simone diz que não tem conhecimento do pagamento de R$ 4 milhões que Roberto Jefferson diz que recebeu de Valério.
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03/08/2005 19:08:20
Simone diz que se sentia desconfortável por carregar tantos valores.
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03/08/2005 19:00:28
"Sempre verbalmente". Era assim, segundo Simone, que era feita a comprovação à Valério da efetivação dos repasses de dinheiro às pessoas indicadas pelo patrão. Segundo ela, nunca lhe foi pedido a apresentação de recibos da entrega dos valores.
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03/08/2005 18:55:55
Simone disse que não se recorda de nenhum outro nome além da relação de 12 que apresentou e que, segundo ela, ela teria participado diretamente no repasse.
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03/08/2005 18:51:59
Simone diz que os recursos das contas das empresas de publicidade são provenientes apenas de trabalho de publicidade e de empréstimos bancários. Ela diz não ter condições, no entanto, de citar os responsáveis pelos maiores depósitos do ano. "Teria que pegar uma relação de faturamente de cada cliente", diz. Segundo ela os empréstimos contraídos pelas empresas de Valério totalizam R$ 55 milhões.
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03/08/2005 18:46:36
Maurício Rands (PT-PE) diz que Simone está fazendo um depoimento muito "econômico" e faz um apelo para que ela colabore e faça um esforço de memória.
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03/08/2005 18:36:08
Simone volta a dizer que saber números de cabeça não é o seu forte. "O meu forte não são números", confessa.
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03/08/2005 18:33:14
A sessão é retomada.
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03/08/2005 17:30:00
O depoimento é suspenso. Como começaram votações no Senado, a CPI tem que obedecer o regimento e interromper os trabalhos.
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03/08/2005 17:21:58
Sérgio Guerra (PSDB-PE) diz que não dá pra saber se o presidente LUla está envolvido ou não, mas que não tem dúvidas de que "esse dinheiro tem origem no poder federal". "Foi usado o poder e prestígio do governo para montar um esquema de corrupção comandado pelo PT", diz.
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03/08/2005 17:12:39
Agora surge uma informação na CPI que um ex-ministro de Portugal afirmou para um jornal local que recebeu no país o empresário Marcos Valério como representante do governo brasileiro. A informação ainda precisa ser confirmada
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03/08/2005 17:05:45
"A empresa é fantástica", afirma Simone sobre a SMPB
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03/08/2005 17:03:58
"Eu lamento muito o que acontece neste País", afirma Simaone Vasconcelos, que completa: "Lamento inclusive o que está acontecendo com a SMPB, que deixará muitos desempregados"
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Murilo Zauith
03/08/2005 17:02:23
O deputado Murilo Zauith (PFL/MS) tem a palavra
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03/08/2005 17:00:55
A diretora financeira da SMPB afirma que nunca esteve com Davi, que hoje também estará depondo, e nem sabe se algum dia ele entrou na agência
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03/08/2005 16:55:30
Simone afirma que soube por Adriana, outra secretária da SMPB, que Fernanda Karina ligava para a agência e afirmava que jornalistas estava atrás dela para perguntar sobre o empresário Marcos Valério
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03/08/2005 16:51:11
Simone Vasconcelos afirma que só tem informações sobre empréstimos para campanha nos anos de 2002 e 2003
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Jorge Bittar
03/08/2005 16:46:13
O deputado Jorge Bittar (PT-RJ) tem a palavra
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03/08/2005 16:45:27
Jamil Murad convoca o povo brasileiro para uma manifestação no dia 16 de agosto. Manifestação contra a corrupção e a favor de Lula
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03/08/2005 16:39:35
A diretora financeira afirma que viu uma ou duas vezes Renilda, mulher de Marcos Valério e uma das sócias da SMPB
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03/08/2005 16:35:49
Simone Vasconcelos diz que não sabe se Marcos Valério colaborava com Eduardo Azeredo
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Jamil Murad
03/08/2005 16:32:27
Com a palavra o deputado Jamil Murad (PCdoB/SP)
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03/08/2005 16:30:26
A Petrus enviou um esclarecimento para a CPI explicando que não é mais dona do prédio que está instalada a SMPB
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03/08/2005 16:28:06
Simone afirma que a correção sobre o valor retirado por João Paulo Cunha foi corrigido por Marcos Valério
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03/08/2005 16:20:56
Simone Vasconcelos diz que não se sente usada por ninguém e afirma que sofre por estar na CPI. Simona=e ainda afirma que gostaria de ter sido mais forte e não aceitado fazer os repasses de dinheiro
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# escrito por Kodai : 8/05/2005 02:10:00 AM 0 comentários


