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sábado, julho 30, 2005
Sol & Lua 

Observe como em 1996 se fez a conexão PT-Belinati

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Paulo Bernardo assume o Planejamento (22/03/2005)

Brasília - Após semanas de negociações que envolveram diversos partidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou apenas duas mudanças em seu governo. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) será o novo titular da Previdência, substituindo o também senador e peemedebista Amir Lando (RO). Esta era uma decisão esperada. A outra decisão: o deputado federal Paulo Bernardo (PT-PR) substituirá o interino Nelson Machado no Planejamento. A posse dos novos ministros foi ontem.


Também foi anunciado o nome do novo líder do governo na Câmara: será o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), que substituirá o professor Luizinho (PT-SP). Na próxima segunda-feira, Lula fará uma reunião, às 10h, com o ministério, para pedir que todos voltem a trabalhar normalmente após semanas de indefinição no primeiro escalão. Lula afirmou a interlocutores que faria apenas essas trocas e que suspenderia a discussão sobre a reforma devido ao “efeito Severino”.


Com a definição na pasta da Previdência, o governo vai anunciar em breve um pacote para combater as fraudes no órgão. O presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), disse anteontem, em discurso na Assembléia Legislativa do Paraná, que a permanência do PP na base de sustentação do governo estava condicionada à nomeação do deputado federal Ciro Nogueira (PI) para o Ministério das Comunicações. Nogueira o acompanhou na viagem. Os dois se deram mal. Até o ultimato do presidente da Câmara, o desenho final da reforma tendia a ser o seguinte: Ciro Gomes (Integração Nacional) no Ministério da Saúde, no lugar de Humberto Costa (PT-PE); a senadora Roseana Sarney (PFL-MA) na Coordenação Política; e Ciro Nogueira na Integração Nacional. O atual ministro Eunício Oliveira ficaria nas Comunicações, contemplando desejo de parte da ala oposicionista do PMDB com a qual o governo reabriu canais. Para a Coordenação Política, estava cotado ainda o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP). Mas tudo foi por água abaixo.


O nome de Paulo Bernardo apareceu discreto na tentativa de reforma ministerial do governo Lula. Na semana passada, durante uma reunião no Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, manifestou o desejo de ter Bernardo como companheiro de equipe econômica, uma vez que o deputado paranaense, considerado um especialista em assuntos orçamentários, mantinha um bom diálogo no parlamento.


O presidente Lula ouviu o pedido, mas teria de escolher entre Bernardo e outro deputado petista, Jorge Bittar, preferido pelo ministro José Dirceu. Depois deste encontro, não se falou mais no assunto e os holofotes políticos gravitaram em torno da pretensão do presidente Severino de se apossar do ministério das Comunicações e do interesse do PMDB de continuar com a pasta. De qualquer forma, a nomeação de Bernardo, ontem, não chega a surpreender porque era um nome que Lula cogitou para o Planejamento, quando foi eleito. Como Guido Mantega foi um dos coordenadores do projeto econômico do PT, a indicação deste para o ministério foi uma tendência natural. Com a saída de Mantega e a interinidade de Machado, a escolha de Bernardo também foi natural.


Entre Londrina, Campo Grande e o DF


O novo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, é deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores do Paraná, com domicílio eleitoral em Londrina. Bernardo estudou Geologia na UnB (Universidade de Brasília), mas não concluiu a graduação. Foi bancário, trabalhou no Banco do Brasil e ingressou no movimento sindical. Filiou-se ao PT em 1985 e está em seu terceiro mandato como deputado federal - os dois primeiros foram em 1991-1995 e 1995-1999. Em 1996, Paulo Bernardo disputou a prefeitura de Londrina, pelo PT, perdeu no primeiro turno e apoiou Antonio Belinati, que derrotou o tucano Luiz Carlos Hauly.


Durante seu segundo mandato, como deputado, licenciou-se para assumir o cargo de Secretário da Fazenda do Estado do Mato Grosso do Sul, de 1.º de janeiro de 1999 a 13 de dezembro de 2000. Em 2002, ano da eleição do presidente Lula, chegou a ser cotado para assumir o Ministério do Planejamento. Na época, entretanto, a vaga ficou com o atual presidente do BNDES, Guido Mantega.


Bernardo também já foi cotado para assumir a presidência do Banco do Brasil, mas nunca assumiu o cargo. Em seu último mandato, o deputado se aproximou do ministro Antônio Palocci (Fazenda), assumindo papel importante de interlocução entre o Congresso e a equipe econômica. Entre os importantes cargos ocupados no Congresso, ele presidiu a Comissão Mista de Orçamento.


Candidatura própria se fortalece


A nomeação do deputado federal Paulo Bernardo para o Ministério do Planejamento fortaleceu o chamado “grupo do PT de Londrina” que lidera o movimento pelo distanciamento entre o partido e o governo Roberto Requião (PMDB) e trabalha pelo lançamento de candidatura própria à sucessão estadual do próximo ano. O grupo, que tem como expoentes Bernardo, o prefeito de Londrina Nedson Micheleti e o presidente estadual do partido, deputado estadual André Vargas, é a ala da tendência Unidade na Luta que mais pressiona por um descolamento de Requião, com quem o novo ministro já trocou muitas críticas nestes dois anos de administração do peemedebista. Um dos petistas mais alinhados ao governo Lula, Bernardo é um defensor da política econômica e do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, justamente os alvos de Requião.


O novo ministro do Planejamento é um dos nomes citados, junto com o diretor geral da Itaipu, Jorge Samek, e o senador Flávio Arns, para concorrer ao governo. A ida de Bernardo para o Ministério pode tanto robustecer sua pré-candidatura como descartá-la de uma vez por todas. Bernardo sai da lista dos pré-candidatos se prevalecer a versão de que teria se comprometido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a permanecer no cargo até o final deste mandato, ajudando no projeto de reeleição de Lula.


O presidente estadual do partido disse que a tendência irá trabalhar com os três nomes para o governo - Bernardo, Samek e Arns - e Gleisi Hoffman, diretora financeira da Usina de Itaipu, para concorrer ao Senado. “O presidente Lula escolheu o Paulo pela competência técnica e política e não trabalhou com a equação de 2006. Mas agora é claro que fortaleceu uma visão de que o PT terá candidato. Vamos construir todas estas alternativas”, disse.


O deputado Natálio Stica já acha que o ministério tirou Bernardo da sucessão estadual. “Ele não assumiria o Ministério do Planejamento para sair seis meses depois. Não teria cabimento. Ele é um cara cem por cento Lula e vai estar por perto no processo de reeleição do presidente”, avaliou Stica.


O líder da bancada do PT, Tadeu Veneri, acredita que o ministério é “um peso a mais” para quem tem pretensões de concorrer ao governo. “O grupo do Paulo sai fortalecido dentro da Unidade na Luta”, avaliou.


Contidos


O PMDB foi discreto nos comentários sobre a indicação de Paulo Bernardo para o ministério. O governador em exercício, Orlando Pessuti, limitou-se a enviar suas congratulações a Bernardo. Não divulgou nenhum comentário oficial sobre o primeiro ministério do Paraná no governo Lula.


O vice-presidente estadual do PMDB, deputado Nereu Moura, foi mais receptivo. Disse que mesmo sendo um desafeto do governador, Bernardo no ministério do Planejamento é uma vitória do Estado. Moura afirmou também que não vê a ida do petista para o ministério como um fator de distanciamento do PT em relação ao PMDB. “O PT dependerá cada vez mais do suporte político no plano nacional e no Paraná, a recíproca é verdadeira. Para o PMDB, a aliança política com o PT é importante”, afirmou. (Elizabete Castro)


Vitorassi deve assumir vaga de Bernardo


O substituto do novo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, na Câmara Federal é o vice-prefeito de Foz do Iguaçu, Dilto Vitorassi. Ele é o primeiro suplente de deputado federal do partido no Paraná. Entretanto, o vice-prefeito de Foz não confirmou sua posse. O vice-prefeito de Foz afirmou que a decisão de assumir a cadeira na Câmara Federal será dividida com o prefeito Paulo Mac Donald Ghisi (PDT). “Não é vontade pessoal neste caso. Vou consultar as bases e conversar com o Paulo, ver onde posso ser mais útil”, explicou.


Além do cargo de vice-prefeito, Vitorassi também ocupa três secretarias no atual governo municipal: Ação Social, Fozhabita e Meio Ambiente. Vitorassi comentou que terá de escolher entre dois compromissos distintos assumidos em momentos diferentes. “O primeiro foi a proposta de representar a cidade junto ao governo federal e para o qual não consegui num primeiro momento uma vaga. O outro compromisso foi de ajudar a administrar Foz do Iguaçu, numa chapa que reuniu 18 partidos. Agora, minha missão é ajudar a erradicar as favelas, recuperar os rios, reconstruir a cidade”, afirmou.


Vitorassi também está refletindo sobre o tempo de duração do mandato de deputado federal, que não será maior que um ano e meio. “E o orçamento para o ano já foi fechado, vamos ter que trabalhar as emendas já feitas pelo companheiro Bernardo, para priorizar Foz”, afirmou o vice-prefeito, acrescentando que reconhece a importância de representar Foz junto ao governo federal em função das necessidades da cidade.


Se assumir a vaga na Câmara Federal, Vitorassi será o segundo deputado federal eleito por Foz do Iguaçu. O primeiro foi Sérgio Spada, que foi deputado constituinte, entre 1987 e 1990 e, como suplente, cumpriu a segunda metade do mandato posterior, entre 1992 e 1994.


Como Vitorassi planeja candidatar-se à Câmara Federal no próximo ano, sua indecisão pode ser apenas aparente, acreditam lideranças estaduais do PT, que não acreditam que o vice-prefeito de Foz do Iguaçu vá perder a chance de terminar o mandato de Bernardo. Porém, se o vice-prefeito de Foz não quiser se transferir para Brasília, o próximo suplente é João Alexandre Teixeira, do PHS. (EC)


Ministério destaca Londrina


Londrina - O prefeito de Londrina, Nedson Micheleti (PT), disse ontem que “a indicação de Paulo Bernardo para o Ministério do Planejamento fortalece Londrina e todo o Paraná no cenário político nacional”. Segundo Micheleti, ela “mostra a força da região no governo federal”. O prefeito disse acreditar que o novo ministro vai agilizar a liberação de recursos destinados, por meio de emendas parlamentares, para a cidade. “Isso fortalece ainda mais a parceria que Londrina mantém com o governo Lula, que tem destinado grandes quantias para obras e programas sociais no município”, afirmou Nedson.


Para Nedson, o nome de Bernardo mostra a seriedade com que os londrinenses atuam na política, tornando-se referência para todo o Brasil. Paulo Bernardo foi secretário de Fazenda em 2001 e 2002 no primeiro mandato de Nedson, tendo deixado o governo para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados, cargo que ocupa desde 2003.


Nedson lembrou que o deputado Paulo Bernardo é considerado um dos maiores especialistas em orçamento público do País, integrando atualmente as comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Finanças e Tributação e também a de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.



Fonte: Paraná Online




# escrito por Kodai : 7/30/2005 03:57:00 AM   

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