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segunda-feira, setembro 10, 2007
Bandidos do Jacarezinho disparam contra trem em que estavam ministros 

Não costumo colocar notícias de política aqui no Blog, mas esta merece.
Mostra não só a que ponto chegamos no Rio, como nos faz refletir:
- Que governantes são esses que, ao invés de policiar a cidade, preferem determinar que áreas são consideradas de risco e recomendar que não se passe por elas?
- Cabral exige resposta rápida. Pura pirotecnia. A polícia vai lá, dá uns tiros, prende algumas pessoas e depois vai embora, até que o próximo trem seja baleado. Aliás, se não houver ministros e o trem for baleado, Cabral vai exigir resposta rápida?
- Se isso acontece com ministros escoltados pela polícia, o que dizer do que acontece diariamente com a população comum, srs. Cabral e Beltrame?
- Sr. Beltrame: quer dizer que o senhor recomendou que a comitiva não fosse por aquele caminho, no trem? Legal. Poderia me recomendar caminhos seguros para eu andar pela minha cidade sem medo? Ou vai emprestar helicópteros do governo para todos os que quiserem desviar das áreas de risco?




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http://odia.terra.com.br/rio/htm/geral_122325.asp
10/9/2007 10:48:00

Bandidos do Jacarezinho disparam contra trem em que estavam ministros

Márcio Fortes e Pedro Brito participavam de inauguração do acesso ferroviário ao Porto do Rio




Rio - Bandidos da Favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, dispararam tiros contra dois vagões do trem em que estavam o ministro dos Portos, Pedro Brito, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, e o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes.

O ataque aconteceu por volta das 10h30 desta segunda-feira durante a viagem de reconhecimento do trecho de revitalização da linha que dá acesso ao Porto do Rio. A composição saiu do Caju para um percurso de 1,5 Km até o terminal de Maria da Graça. Quatro tiros e uma pedrada atingiram o trem, que é blindado. As marcas ficaram, mas as balas não perfuraram a lataria, feita com chapa de aço.

Também estavam presentes representantes da empresa que administra a linha, a MRS Logística, diretores da Companhia Docas e a imprensa.

Recomendação para não embarcar

O governador Sérgio Cabral não estava na composição alvejada. Ele e os ministros foram orientados por medida de segurança a não percorrerem o trajeto, que passa por pelo menos duas favelas (Parque Alegria e Jacarezinho). Cabral então participou apenas da inauguração na Rua Monsenhor Manoel Gomes 370, Caju, e seguiu de helicóptero para o Palácio Guanabara. Já os ministros insistiram em participar da viagem.

Bandidos armados e passageiros no chão




Segundo a polícia, cerca de quatro rapazes que aparentavam ser menores de idade fizeram os disparos a cerca de dois metros do trem, de cima da lage de um barraco da favela, bem próximo à linha férrea.

Ninguém ficou ferido, mas houve pânico entre os passageiros. Eles foram orientados pelos 11 policiais e seguranças presentes, alguns à paisana, a se jogarem no chão para se proteger dos tiros.

O trem seguiu até Maria da Graça e retornou para o Caju em velocidade mais avançada do que na ida. Na volta para o Porto, mais disparos foram feitos e policiais posicionados no vão entre os dois vagões revidaram. A troca de tiros durou cerca de dois minutos. Moradores da comunidade também se assustaram. Na janela de uma casa, uma criança tapava os ouvidos.

Uma das hipóteses para o ataque é que os criminosos se incomodaram com as lentes dos fotógrafos. No trajeto de volta, funcionários da MRS, empresa responsável pela linha férrea, pediram que não fossem feitas fotos da favela.

Nada de mais para ministro



O ministro Márcio Fortes minimizou o ocorrido em entrevista à Rádio CBN e o classificou de "episódico". Ele disse que, assim como o ministro Pedro Brito, está acostumado a freqüentar comunidades carentes e que apenas se abaixou na viagem de volta, por recomendação dos seguranças. Márcio Fortes ressaltou a importância da obra, afirmando que é de grande importância econômica e social.

De acordo com Pedro Brito, foi uma decisão pessoal, das autoridades, embarcar no trajeto de volta. Perguntado se teve medo, o ministro respondeu: "Não tive tempo." Ele disse que tentou se
proteger, jogando-se no chão do vagão. "Eu também me joguei, claro. É uma reação natural de cautela que todos devem ter", afirmou Brito.

Rondas no Jacarezinho

Viaturas e um carro blindado da Polícia Militar estão em alguns acessos à Favela do Jacarezinho. Não há tiroteio e o clima é de aparente tranqüilidade. Ainda não se sabe se haverá operação no morro.

Trem histórico

O trem alvejado nesta manhã é histórico. Data de 1948 e já transportou vários presidentes e autoridades em geral. É conhecido como o Expresso da Central do Brasil. A restauração custou R$ 700 mil.

Fotogaleria (Globo):
http://oglobo.globo.com/rio/fotogaleria/2007/3253/default.asp

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Fonte:http://odia.terra.com.br/rio/htm/geral_122325.asp

# escrito por Kodai : 9/10/2007 11:18:00 PM   

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