http://extra.globo.com/rio/materias/2007/10/04/298001135.asp

Dublê morre baleado em guerra do tráfico no Engenho Novo

RIO - A morte do dublê Cláudio Luciano da Silva, de 33 anos, que foi baleado no acesso a uma favela do Engenho Novo, pode estar relacionada à guerra do tráfico. Ele teria sido morto por traficantes do Morro do Macacos por ser morador do São João, dominado por uma facção rival. Cláudio foi morto na Rua Acaú, na manhã desta quinta-feira, quando ia buscar, segundo a ex-mulher dele, o uniforme escolar do filho.

Dublê foi assassinado por desobedecer ordem do tráfico

Segundo testemunhas, ele foi executado a tiros porque andou pela calçada na Rua Acaú, e não pelo meio da pista, como determinam os criminosos. O assassinato aconteceu logo após a vítima ter saído de casa, na Rua Açaré, em direção à residência da ex-mulher, que fica na subida do Morro São João. Cláudio ia buscar roupas para o filho de 9 anos e levar o dinheiro da pensão do menino.

A Rua Acaú, onde o dublê foi executado, fica entre os morros dos Macacos e São João, que são dominados por facções criminosas rivais. Entre as rígidas regras criadas pelos bandidos naquele ponto do Engenho Novo, está o toque de recolher, das 19h às 8h, todos os dias. Além de ordenarem que todo morador ande pelo meio da pista na Acaú, traficantes do Morro dos Macacos determinaram aos motoristas que pisquem os faróis ao entrar na rua.

A informação de que Cláudio foi executado por andar pela calçada foi dada por testemunhas e parentes da vítima, em depoimento ao delegado José Otílio Bezerra, da 25ª DP (Engenho Novo). Segundo os relatos, o dublê foi abordado por três bandidos do Morro dos Macacos, discutiu com eles e teria dado um soco no rosto de um dos traficantes. Os outros dois criminosos, então, atiraram nas pernas de Cláudio, que tentou fugir, mas foi executado em seguida.

De acordo com o chefe do setor de investigação da 25ª DP (Rocha), João Luiz de Assis, já foi pedido o mandado de prisão do traficante Bebezão, chefe do tráfico do Morro do Macacos. Ele teria ordenado que outros três homens executassem Cláudio. Os assassinos disparam mais de dez tiros na direção de Cláudio. Os três também estão sendo procurados pela polícia.

Cláudio era figurante da agência Só ação e fez vários trabalhos como prestador de serviços para programas da TV Globo, entre eles, o "Linha direta". Antes de sua morte, ele era trabalhava como dublê da novela "Caminhos do Coração", da TV Record.

Os moradores denunciam que a rivalidade entre as facções criminosas do local impõe regras rígidas aos moradores. A polícia chegou a considerar a possibilidade de o dublê ter sido atingido por bala perdida, mas acabou descartando a hipótese.

A reportagem da Rádio CBN informou que os pais de Cláudio são muito amigos do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Ubiratan Ângelo. Ainda segundo a CBN, o ator tinha dois filhos, um de nove e outro de dois anos. Policiais do 3º BPM (Méier) e do 6º BPM (Tijuca) fazem ação no Morro de São João, com apoio de blindado. Do alto de lajes na favela, traficantes observam a movimentação da polícia.

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http://www.pernambuco..com/ultimas/nota.asp?materia=2007105082914&assunto=26&onde=1

Dublê morre por desobedecer ordem do tráfico

A morte do dublê Cláudio Luciano da Silva, de 33 anos, que foi baleado no acesso a uma favela do Engenho Novo, pode estar relacionada à guerra do tráfico. Ele teria sido morto por traficantes do Morro do Macacos por ser morador do São João, dominado por uma facção rival. Cláudio foi morto na Rua Acaú, na manhã desta quinta-feira, quando ia buscar, segundo a ex-mulher dele, o uniforme escolar do filho. Segundo testemunhas, ele foi executado a tiros porque andou pela calçada na Rua Acaú, e não pelo meio da pista, como determinam os criminosos. O assassinato aconteceu logo após a vítima ter saído de casa, na Rua Açaré, em direção à residência da ex-mulher, que fica na subida do Morro São João. Cláudio ia buscar roupas para o filho de 9 anos e levar o dinheiro da pensão do menino. A Rua Acaú, onde o dublê foi executado, fica entre os morros dos Macacos e São João, que são dominados por facções criminosas rivais. Entre as rígidas regras criadas pelos bandidos naquele ponto do Engenho Novo, está o toque de recolher, das 19h às 8h, todos os dias. Além de ordenarem que todo morador ande pelo meio da pista na Acaú, traficantes do Morro dos Macacos determinaram aos motoristas que pisquem os faróis ao entrar na rua. A informação de que Cláudio foi executado por andar pela calçada foi dada por testemunhas e parentes da vítima, em depoimento ao delegado José Otílio Bezerra, da 25ª DP (Engenho Novo). Segundo os relatos, o dublê foi abordado por três bandidos do Morro dos Macacos, discutiu com eles e teria dado um soco no rosto de um dos traficantes. Os outros dois criminosos, então, atiraram nas pernas de Cláudio, que tentou fugir, mas foi executado em seguida. De acordo com o chefe do setor de investigação da 25ª DP (Rocha), João Luiz de Assis, já foi pedido o mandado de prisão do traficante Bebezão, chefe do tráfico do Morro do Macacos. Ele teria ordenado que outros três homens executassem Cláudio. Os assassinos disparam mais de dez tiros na direção de Cláudio. Os três também estão sendo procurados pela polícia. Cláudio era figurante da agência Só ação e fez vários trabalhos como prestador de serviços para programas da TV Globo, entre eles, o "Linha direta". Antes de sua morte, ele era trabalhava como dublê da novela "Caminhos do Coração", da TV Record. Os moradores denunciam que a rivalidade entre as facções criminosas do local impõe regras rígidas aos moradores. A polícia chegou a considerar a possibilidade de o dublê ter sido atingido por bala perdida, mas acabou descartando a hipótese. A reportagem da Rádio CBN informou que os pais de Cláudio são muito amigos do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Ubiratan Ângelo. Ainda segundo a CBN, o ator tinha dois filhos, um de nove e outro de dois anos. Policiais do 3º BPM (Méier) e do 6º BPM (Tijuca) fazem ação no Morro de São João, com apoio de blindado. Do alto de lajes na favela, traficantes observam a movimentação da polícia. Da Agência O Globo