Cadeira de rodas vertical
![]() Uma esperança sobre rodas para quem não pode se locomover sozinho coemça a ser testada desde junho de 2003. A alta tecnologia chega às cadeiras de rodas. numa experiência pioneira do Hospital Sarah de Brasília. A idéia era botar a pessoa de pé, essa era a idéia original. "A pessoa andar em pé, se movimentar em pé. Existem cadeiras que são verticalizáveis, que a pessoa fica em pé. Mas é uma cadeira de rodas convencional, que quando a pessoa fica de pé apoia lá na frente e não anda mais. Para andar tem que sentar", explica o arquiteto Cláudio Duarte. Os técnicos que trabalharam no projeto foram aperfeiçoando as cadeiras ao pouco. Um dos primeiros a usá-la foi Herbert Vianna. Mas o Hospital Sarah é muito cauteloso. Ainda não se sabe bem o que pode acontecer com os voluntários. Há casos em que o comportamento dos ossos muda depois de uma lesão medular. Por isso, antes de aprovar a cadeira, há muita pesquisa pela frente. A Rede SARAH de Hospitais de Reabilitação é constituída por seis unidades hospitalares localizadas em Brasília (DF), Salvador (BA), São Luís (MA), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE) e Rio de Janeiro (RJ). A cadeira ortomóvel é fabricada em titânio e alumínio e poderá representar para o paraplégico a recuperação da posição vertical, devolvendo-lhe a capacidade de executar no dia a dia uma série de tarefas impossíveis a quem permanece o tempo todo sentado. A cadeira ortomóvel pode ser usada na posição tradicional ou na vertical. O paciente se locomove movimentando as rodas laterais com as mãos, tanto sentado como em pé. O projeto deverá se estender por mais um ano, com os usuários se submetendo mensalmente a exames de tomografia computadorizada em 3D, para verificação das reações dos ossos, musculatura e articulações (quadril, joelhos e tornozelos) "temos que entender o que acontece com a organização do osso. O paraplégico fica com ausência de sensibilidade e sem o controle nervoso central sobre a parte inferior do corpo. Com as novas solicitações mecânicas que a posição vertical passou a oferecer, os ossos voltam a ter estímulo e estão reagindo e se reforçando",?I>, explica Campos Da Paz, diretor da rede Sarah. A equipe do Sarah escolheu três pacientes com lesões, tônus muscular e tipos físicos diferentes exatamente para ter um quadro o mais amplo possível dos efeitos da cadeira no organismo dos usuários e descobrir quem terá condições físicas de usar o novo equipamento "Nem todo deficiente poderá usar essa cadeira. Os tretaplégicos, por exemplo, não tem força nos braços para movê-la, embora ela seja extremamente leve", afirma Lúcia Villadino, a segundo em comando no Sarah. "A verdade é que só vamos saber quem são os usuários ideais para a cadeira ortomóvel depois de mais de um ano de estudos e testes", completa. No caso dos tetraplégicos, de acordo com ela, teria de ser desenvolvida uma cadeira elétrica, mas isso é projeto para o futuro. Neuropsicóloga, Lúcia destaca como primeiro ganho no uso da cadeira a retormada da auto-estima por parte dos pacientes. "A felicidade que eles mostram na primeira vez em que ficam e andam de pé é emocionante", afirma. Os protótipos foram construídos nas oficinas do Equiphos, a empresa de equipamentos hospitalares do sarah que conta com 110 funcionários, sendo seis designers. A patente PI0105828-2 refere-se a um "DISPOSITIVO PARA LOCOMOÇÃO DE DEFICIENTES FÍSICOS". Compreendendo um chassi montado sobre um par de rodas traseiras e um par de rodas dianteiras, de giro louco; uma armação de assento anteriormente articulada ao chassi, de modo a ser deslocável entre uma primeira posição, substancialmente horizontal e uma segunda posição, elevada e acentuadamente inclinada para baixo e para frente; uma armação de encosto articulada, inferiormente, a uma porção posterior da armação de assento e ao chassi , de modo a ser deslocada entre uma primeira posição, substancialmente ortogonal à armação de assento e uma segunda posição substancialmente coplanar àquele; um meio impulsor operativamente acoplado ao chassi e à armação de assento, de modo a prover o deslocamento seletivo dessa última entre a primeira e a segunda posição; um meio de trava de movimento, montado ao chassi para permitir o travamento seletivo das rodas traseiras; e um meio de trava de posição montado ao chassi e operativamente associado à armação de assento, para mantê-la em qualquer posição operacional entre a primeira posição e a segunda posição. Originária da atuação da Fundação das Pioneiras Sociais em Brasília, a Rede Sarah de Hospitais do Aparelho Locomotor surgiu em 1974 como resposta à demanda por uma estrutura especializada no tratamento de enfermidades do aparelho locomotor, sendo concebida como um subsistema de saúde de alcance nacional cujo centro de referência se localizaria em Brasília. O embrião deste subsistema, segundo seus preceptores - entre eles o cirurgião Aloysio Campos da Paz Júnior e o arquiteto João Filgueiras Lima - seria inicialmente o Centro de Reabilitação Sarah Kubitschek, construído em 1960 pela Fundação e que indesejadamente se afastava cada vez mais de sua proposta inicial, transformando-se gradualmente em um hospital ortopédico. Assim se deu a construção do Hospital do Aparelho Locomotor de Brasília, concluída em 1980, no qual já eram aplicados os conceitos que norteiam até hoje o funcionamento da rede, e que continuam a fazer dela um exemplo bem sucedido de serviço de saúde, tanto do ponto de vista arquitetônico quanto do terapêutico ou de gestão. O profissional de saúde trabalha em regime de dedicação exclusiva. Não há serviços terceirizados. "É possível que a Rede Sarah seja o que é porque as coisas são simples: a fonte de recursos é uma só, o emprego é um só e a porta dos pacientes também é uma só. As pessoas que trabalham no Sarah gostam da profissão e gostam de receber pacientes", afirma Campos da Paz.Sarah Kubitschek foi casada com Juscelino Kubitschek durante 46 anos. Nascida em Belo Horizonte, filha do deputado Jayme Gomes de Souza Lemos e de Dona Luísa Negrão Lemos, casou-se em 31 de dezembro de 1930. A partir daí, sua vida se confunde com a carreira política de seu ilustre marido, que ocupou vários cargos na administração pública: chefe do gabinete civil do governo de Minas Gerais; deputado federal; prefeito de Belo Horizonte; novamente deputado federal; governador de Minas Gerais; Presidente da República e finalmente senador pelo Estado de Goiás. A brilhante carreira de JK levou-a a uma vida também de lutas e restrições. Dona Sarah é fundadora da Organização das Pioneiras Sociais, que realizou notável obra de assistencialismo em Minas, incluindo fundação de escolas, creches e distribuição de roupas, alimentos, cadeiras de rodas e aparelhos mecânicos para deficientes físicos. A Associação das Pioneiras Sociais (APS) - entidade de serviço social autônomo, de direito privado e sem fins lucrativos - é a Instituição gestora da Rede SARAH de Hospitais do Aparelho Locomotor. A Associação, criada pela Lei nº 8.246, de 22 de outubro de 1991, tem como objetivo retornar o imposto pago por qualquer cidadão, prestando-lhe assistência médica qualificada e gratuita, formando e qualificando profissionais de saúde, desenvolvendo pesquisa científica e gerando tecnologia. O caráter autônomo da gestão desse serviço público de saúde faz da Associação a primeira Instituição pública não-estatal brasileira.Os recursos financeiros que mantêm todas as unidades da Rede SARAH provêm exclusivamente do Orçamento da União, em rubrica específica para manutenção do Contrato de Gestão. A Rede SARAH não recebe recursos advindos do número e da complexidade dos serviços prestados, à semelhança do que ocorre com instituições de saúde subordinadas ao SUS. Fonte: http://abav.free.fr/ponto/5/sarah.html http://www.jornalbrexo.com.br/entrev01.htm http://fantastico.globo.com/Fantastico/0,19125,TFA0-2142-5647-80623,00.html http://geocities.yahoo.com.br/katherine3393/Marcia.html http://www.sarah.br http://www.terra.com.br/istoe/1719/medicina/1719_tratamento_no_automatico.htm acesso em setembro de 2003 Revista Isto é, n.1779 de 05.11.2003 "Na vertical" de Eduardo Hollanda http://www.terra.com.br/istoe/1779/medicina/1779_na_vertical.htm acesso em dezembro de 2003 envie seus comentários para abrantes@inpi.gov.br. Esta página não é uma publicação oficial da UNICAMP, seu conteúdo não foi examinado e/ou editado por esta instituição. A responsabilidade por seu conteúdo é exclusivamente do autor. Impressionante como isso não é mais divulgado.... Seria uma verdadeira revolução para todos os deficientes, já que passariam a poder se locomover de pé, estando de igual para igual com qualquer outra pessoa, olhando no olho e sendo olhada no olho e não de cima para baixo... Todo apoio a esse projeto e às iniciativas semelhantes. E que se divulgue mais... |
# escrito por Kodai : 12/27/2007 02:58:00 AM


Originária da atuação da Fundação das Pioneiras Sociais em Brasília, a Rede Sarah de Hospitais do Aparelho Locomotor surgiu em 1974 como resposta à demanda por uma estrutura especializada no tratamento de enfermidades do aparelho locomotor, sendo concebida como um subsistema de saúde de alcance nacional cujo centro de referência se localizaria em Brasília. O embrião deste subsistema, segundo seus preceptores - entre eles o cirurgião Aloysio Campos da Paz Júnior e o arquiteto João Filgueiras Lima - seria inicialmente o Centro de Reabilitação Sarah Kubitschek, construído em 1960 pela Fundação e que indesejadamente se afastava cada vez mais de sua proposta inicial, transformando-se gradualmente em um hospital ortopédico. Assim se deu a construção do Hospital do Aparelho Locomotor de Brasília, concluída em 1980, no qual já eram aplicados os conceitos que norteiam até hoje o funcionamento da rede, e que continuam a fazer dela um exemplo bem sucedido de serviço de saúde, tanto do ponto de vista arquitetônico quanto do terapêutico ou de gestão. O profissional de saúde trabalha em regime de dedicação exclusiva. Não há serviços terceirizados. "É possível que a Rede Sarah seja o que é porque as coisas são simples: a fonte de recursos é uma só, o emprego é um só e a porta dos pacientes também é uma só. As pessoas que trabalham no Sarah gostam da profissão e gostam de receber pacientes", afirma Campos da Paz.


